O Presidente-cessante dos Estados Unidos da América – EUA -, Donald Trump, quis atacar o Irão na semana passada, por causa do programa de enriquecimento de urânio, mas os conselheiros dissuadiram-no.
De acordo com o portal jn.pt, Donald Trump discutiu o assunto numa reunião na quinta-feira, um dia após as Nações Unidas, através da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), indicarem um aumento nas reservas iranianas de urânio enriquecido.
A reunião na Sala Oval contou com a presença do vice-Presidente, Mike Pence, do secretário de Estado, Mike Pompeo, do novo secretário de Defesa interino, Christopher Miller, e do chefe do Estado-Maior, general Mark Milley.
Todos dissuadiram o Presidente de lançar um ataque militar contra as instalações iranianas, considerando que tal agressão “podia facilmente escalar para um conflito mais amplo”, num momento de incerteza política nos Estados Unidos.
No final da reunião, o ataque às instalações nucleares foi descartado, disseram fontes, que pediram para não serem identificadas.
Um ataque militar podia ser com mísseis, mas também cibernético, teria como alvo as instalações nucleares iranianas na cidade de Natanz, onde inspectores da AIEA deram conta de dois mil 449 quilos de reservas de urânio enriquecido, bem acima do limite máximo de 300 quilos estabelecido no Pacto Nuclear firmado com as grandes potências mundiais.
O Irão começou a produzir urânio de maior pureza no ano passado, numa violação ao Acordo Nuclear para pressionar os países europeus, em resposta à saída dos EUA do Pacto, em 2018.
O Acordo, assinado em 2015, previa certas limitações ao Programa Nuclear do Irão para que este não pudesse fabricar uma Bomba Nuclear a curto prazo.
Em troca, as sanções internacionais contra Teerão foram suspensas, embora os Estados Unidos tenham restabelecido medidas punitivas em 2018, incluindo um embargo ao petróleo.