Vai ser apresentado hoje, pela diretora do Património Imaterial, Sandra Mascarenhas, a partir das 15h através de uma live na página do Facebook do Instituto do Património Cultural, o Catálogo do Inventário do Património Cultural Imaterial realizado com as comunidades de Calabaceira, Salineiro e Centro Histórico da Ribeira Grande de Santiago, tendo em conta a importância deste concelho, no contexto mundial, enquanto sítio histórico Património da Humanidade.
A iniciativa enquadra-se na estratégia global da UNESCO de reforço das capacidades dos países para implementação da Convenção de 2003, em particular o programa “Reforço das capacidades dos países lusófonos da África para implementação da Convenção de 2003”.
O inventário, organizado em colaboração com a UNESCO Dakar e a Secção do Património Cultural Imaterial da UNESCO, almejou ser uma primeira etapa no processo de reconhecimento do papel das comunidades como obreiras no processo de salvaguarda do património local, capacitando-as para a elaboração e prática do inventário do seu Património Cultural Imaterial (PCI).
Segundo noda do IPC chegada à nossa redacção, Esse conjunto manifesta-se em domínios como: tradições e expressões orais, incluindo a língua enquanto vetor de transmissão; artes do espetáculo; práticas sociais, rituais e eventos festivos; conhecimentos e práticas relacionadas com a natureza e as aptidões ligadas ao artesanato tradicional.
O catálogo sistematiza as informações mais expressivas do inventário e consciencializa as comunidades locais para a importância do património imaterial
enquanto identidade partilhada, que as conecta aos seus antepassados e deve ser legada às gerações vindouras, criando uma ponte passado-presente-futuro,
passível de potenciar o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida dos locais.
Medidas de salvaguarda
Segundo a mesma fonte, neste processo, cabe à Direção do Património Imaterial do Instituto do Patrimônio Cultural a responsabilidade de empreender as medidas de salvaguarda visando a viabilidade e revitalização do património imaterial nos seus diferentes aspetos, nomeadamente através do processo de inventário tendo em vista a sua classificação, salvaguarda e, no plano internacional, a inscrição de bens culturais nacionais na Lista Representativa da UNESCO, onde a Morna figura, desde 2019, como primeira manifestação cultural cabo-verdiana elevada a património mundial.
Para além da caracterização dos domínios e tipologias das manifestações dos PCI no catálogo realizado nas três comunidades pertencentes ao município de Ribeira
Grande de Santiago, também foram identificados os que se encontram em risco e estipuladas as potenciais medidas para a sua salvaguarda.
