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Boa Vista

Dificuldades na obtenção de crédito levam proprietários de táxi a ponderar parar actividades

Os proprietários de táxi na Boa Vista ponderam parar as actividades, alegando dificuldades na obtenção de linhas de crédito para manutenção do investimento bancário feito para as micro e pequenas empresas de transporte.

A informação é avançada nesta quinta-feira, 12, pela Inforpress, citando um grupo de proprietários de táxis da ilha.

Conforme explicaram, para aceder ao crédito nos bancos tem de ter o processo completo, que inclui uma declaração do INPS, o que não conseguem obter tendo em conta que, para terem o documento, dizem que a instituição de segurança social alega dívidas que têm por pagar desde o mês de Março.

É o caso do proprietário de um táxi, Olavo Teixeira, que, conforme disse, tinha pago a segurança social até ao mês de Junho e teve de pagar mais dois meses, ou seja Julho e Agosto, ficando a dever os meses de Setembro e Outubro. Entretanto o mesmo disse que, mesmo assim não conseguiu obter o documento.

“Vamos ao INPS para adquirir qualquer declaração, dizem-nos que temos dívidas desde o mês de Março, sabendo que desde essa altura deixamos de pagar às finanças e as nossas contribuições bancárias, porque não temos rendimentos”, afirmou Olavo Teixeira, questionando como conseguir retirar oito por cento (%) do seu salário para pagar ao INPS, ou outras despesas, se desde a altura não tem rendimentos devido à paralisação das actividades por causa da covid-19”, questiona.

Outro proprietário de táxi, Júlio Sousa fez apelo à ajuda do Governo nesta questão pois, conforme avançou, da forma como estão a trabalhar, sem conseguir lucrar, por vezes, ao menos 500 escudos por dia” teme, assim como outros colegas, pelo “pior”, isto é, se a situação perdurar, dentro de dois meses poderão encerrar as empresas e perder o investimento bancário.

“Se nós todos já temos um empréstimo bancário, a garantia do financiamento é a manutenção do crédito, neste caso o seguro, a manutenção da viatura, se não conseguirmos esta linha de crédito para esta manutenção, dali para frente temos um colapso total”, analisou.

Por isso, Júlio Sousa pediu a intervenção do Governo e criação de condições dos bancos para acesso à linha de crédito para a manutenção do investimento, frisando que “se não conseguirem obter o crédito, poderão acumular dividas e mais tarde vir a precisar de um valor superior para poderem levantar as empresas”.

C/ Inforpress

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