As denuncias, feitas em prol dos trabalhadores das ilhas de São Vicente e Sal, têm a ver com os extencionistas do Ministério da Agricultura e Ambiente, os trabalhadores da Frescomar, e de pessoas empregadas em empresas estrangeiras, no Sal.
As acusações foram feitas esta segunda-feira, em conferência de imprensa, pelo presidente do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Afins (SIACSA).
De acordo com a RCV, Gilberto Lima alerta que um grupo de extencionistas do Ministério de Agricultura e Ambiente (MAA) aguardam pela reclassificação depois de terem sido submetidos a concurso, com sucesso.
“Neste processo já lá vão dois anos e tal e, provavelmente, vamos começar novamente a campanha eleitoral e tudo vai ficar parado. Digo essa minha preocupação, junto dos trabalhadores, em relação à reclassificação, porque os trabalhadores estão a ser muito prejudicados com isso.”, diz o presidente do sindicato.
Ainda em na ilha do Monte Cara, Gilberto Lima acusa a Frescomar, que insiste em não pagar o subsídio de turno aos cerca de 50 trabalhadores que laboram neste regime.
“Os trabalhadores já cansaram de reclamar junto da empresa, fizeram inclusive um abaixo-assinado para o efeito, mas a Frescomar mantém-se em silêncio total. Eles estão a violar um direito de aplicabilidade de 25% de remuneração desses profissionais.”, explica Gilberto Lima.
Em relação à ilha do Sal, o presidente do SIACSA diz haver também uma situação laboral precária. Além disso, muitas empresas estrangeiras não inscreverem os trabalhadores na previdência social, sendo muitos deles despedidos à margem da lei.
“Em empresas, que não vale a pena citar os nomes para evitar confusão, mas elas estão a laborar com trabalhadores com contratos, é verdade, mas esses trabalhadores são despedidos e não recebem nenhuma compensação por isso, ainda que tenham um, dois, três ou cinco anos de trabalho prestado. E para piorar mais essa situação, não têm estado a inscrever os trabalhadores no sistema da previdência social”, diz o sindicalista.
Gilberto Lima considera ainda que a situação só acontece porque a Inspeção Geral do Trabalho não está a exercer o seu papel.
Quanto à Frescomar e aos extencionistas do MAA, o presidente do SIACSA não põe de parte o recurso a tribunais para ver satisfeitas as reivindicações desses trabalhadores.
C/ RCV
