Joaquim Tavares faleceu na madrugada desta sexta-feira, 6, no Hospital “Dr. Agostinho Neto”, onde se encontrava internado há uma semana.
Secretário-permanente do SISCAP – Sindicato da Indústria, Serviços, Agricultura e Pesca -, Joaquim Tavares, familiarmente tratado por “Djóka de Cidade Velha”, era natural da Ribeira Grande de Santiago, onde nasceu há mais de seis décadas.
Pertenceu à primeira fornada de docentes formados na EHP – Escola de Habilitação de Professores, também chamada “Escola da Variante”, situada em São Domingos, no interior de Santiago -, nos primeiros anos da década de 1970, portanto, antes da proclamação da Independência de Cabo Verde, que viria a acontecer a 5 de Julho de 1975.
“Djóka de Cidade Velha” foi deputado Nacional, eleito nas listas do PAICV – Partido Africano da Independência de Cabo Verde –, e membro da Comissão Instaladora do Município da Ribeira Grande de Santiago.
Negociador hábil, frontal, combativo “Djóka de Cidade Velha” era tido como “exemplo de coragem, de fino trato e de muita sensibilidade” pelos seus correligionários.
As reacções ao seu passamento já começaram a ser repercutidas nas redes sociais – e não só!
É o caso do também sindicalista Carlos Bartolomeu, secretário-permanente do SLTSA – Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão -, que o considera “um grande dirigente do Sindicalismo cabo-verdiano, um conselheiro e um amigo” da “Ilha das Montanhas”.
“Foi, acima de tudo, um homem de diálogo que, para além da diferença de idade entre eu e ele, tínhamos uma relação de muita amizade”, manifesta Bartolomeu, revelando que, numa das últimas missões sindicais a Santiago, “ele se predispôs a me levar/passear ao interior da Ribeira Grande de Santiago – Cidade Velha -, num dia especial: o do seu Município.
E acrescenta: “Até combinamos que ficaria à espera da sua visita à minha Ilha de Santo Antão, que era dele também, porquanto, falava para mim”, da “Ilha das Montanhas” e “das suas gentes, com muito orgulho”, remarcando que “Djóka de Cidade Velha” trabalhou ali, “por muitos anos, como professor”.
Bartolomeu deseja, “a todos, muita força e coragem, e muita resiliência para digerir essa notícia muito triste”.
Também Orlando Sanches, ex- deputado e ex-autarca da Câmara Municipal de Santa Cruz, escreveu no seu Facebook, uma nota de pesar.
“Acabo de receber a triste notícia do passamento do amigo e camarada Joaquim Tavares. Paz eterna a sua alma. Consolação para nós os amigos. Condolências aos familiares”, escreveu.
Outro depoimento sentido veio da parte de Felisberto Vieira, ex-autarca da Praia e deputado, também.
“Acabamos de perder um grande Camarada, amigo e companheiro de todas as frentes de luta, Joaquim Tavares . Foi um lutador incansável pelas boas e nobres causas: na frente politica e prlamentar, na frente sindical e do ensino, na frente associativa e comunitária, etc. Djoka de Calbeceira de Cidade Velha foi um homem do Povo. Paz à sua Alma e um eterno descanso. Nesta hora de tremenda tristeza e dor, enviamos à esposa e filhos os nossos sentimentos de profundo pesar e muita consolação”, escreveu.
JoaquimTavares deixa viúva e filhos maiores.