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Franqueza do PR. Alerta, contenção e….preocupação

Valeu a franqueza do Presidente da República (PR), que mais não é, que alerta, conclamação e, também, um certo puxão de orelhas, a quem tem e está com a mão na massa.

1- Conclamação

O Mais Alto Magistrado da Nação, Jorge Carlos Fonseca, veio a terreiro, um dia destes, dizer a verdade que todos – ou quase todos! – já sabíamos: é

 “preocupante” a situação do novo Coronavírus em Cabo Verde.

Se ele veio à praça pública, de certeza, é porque está na posse de dados – bem avaliados, pesados e sopesados! -, que nós, grande parte! – se não, a maioria! – não dispomos.

De todo o modo, valeu a franqueza, que mais não é, que alerta, conclamação e, também, um certo puxão de orelhas, a quem tem e está com a mão na massa. Malgrado o dever de velar pela boa Saúde seja de todos e…de cada cidadão em particular.

“Já nos demos conta que o êxito deste combate depende, em larga medida, da postura responsável e cidadã de cada um dos cabo-verdianos”, manifesta Fonseca, remarcando, todavia, que  os números da COVID-19 são elevados, devido ao maior número de testes que se está a  fazer.

Pelas suas contas, perto de 18 por cento da população já foram testadas.

Verdade-verdadinha o que ele diz.

Mas….

Mesmo assim, não deixa de ser “preocupante”.

Como ele também diz.

Com todas as letras.

Daí que, o remédio mesmo é, a par das restrições e medidas de contenção já tomadas – tomara que não sejam precisas mais outras!

O cidadão – todos e cada um de nós! – deve adoptar novos hábitos, a par do perfilhamento do compromisso cívico-cidadão.

Para o bem de todos e…de cada um de nós.

2- Comunicação…em tempos de COVID-19

A verdade deve ser conhecida.

Mesmo que doa.

Sem alarmismos.

Muito já se disse – e vai ser dita ainda mais! – e já se escreveu, oficial e oficiosamente sobre este tema.

Um pouco por toda esta nossa Aldeia Global, as virtudes e mazelas da comunicação estão na ordem e na agenda do dia.

E Cabo Verde não foge à regra.

Aliás, já chegou mesmo ao Parlamento.

E um dia desses, na ressaca do CSDN (Conselho Superior da Defesa Nacional), o Presidente da república veio defender a melhoria e alteração da estrtégia comunicacional, em ordem a que mensagem chegue, convenientemente, aos receptores.

Sem ruídos.

Menos fastidiosos.

E mais entendíveis.

Para todos.

Principalmente, para os que não letrados em Saúde.

Se se quiser que a mensagem seja intelegível.

E deixe de ser monólogo.

3- Cuidados…

É o reforço do apelo.

Para todos.

E para cada um de nós.

Independentemente da Ilha e/ou Concelho onde mora.

O Chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, chamou à razão, esta semana, a todos os patrícios – onde quer que estejam! -, a “tomarem os cuidados” devidos, de modo se cortar a cadeia de contágio e a evitar-se a propagação de COVID-19.

Jogando a montante, na antecipação e na prevenção.

“Nós estamos a flexibilizar algumas medidas, mas a mensagem deve ser a mesma. Se já é possível ir aos ginásios de forma controlada, organizada, a mensagem é que seja feito tudo para que não haja transmissões nos ginásios. Se há abertura para ir às praias, a mensagem é que se evite ajuntamentos, que as pessoas se protejam, que haja higienização”, reitera Correia e Silva.

Como “Jesus é antes da queda”, o inquilino da Palácio da Várzea da Companhia, (re)lembra e remarca a imposição e a premente necessidade de cumprimento das regras de distanciamento físico-social, a par da higienização e do uso de máscaras faciais.

Que entra em vigor – e de modo obrigatório!, nesta quinta-feira, 5

Quem prevaricar…suporta coimas.

Como os tempos não estão de (boa) feição, o aconselhável mesmo, é cumprir o estipulado.

A bem da saúde individual e…do semelhante também.

4- Prioridade

Testar, rastrear e…”rastixar”…

É a prioridade de momento.

Não só em Cabo Verde.

Nestas Ilhas Plantadas no Meio do Atlântico, só em Outubro, foram feitos 15 mil 740 testes PCR (exame que identifica o vírus e confirma a COVID-19).

Destes, dois mil 718 deram ao novo Coronavírus.  positivos. Neste momento, a taxa de reprodução, a nível nacional, é de 0,82 o que significa que em cada 100 habitantes 82 pessoas são infectadas.

No já tradicional Encontro com a Imprensa, o (ainda) director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças Prioritárias, Jorge Noel Barreto – que vira director Nacional da Saúde, a partir de 6 de Novembro! -, deu conta de que a taxa de mortalidade (em Cabo Verde) situa-se em um por cento.

“Em relação à taxa de incidência, nos últimos 14 dias (referia-se a segunda-feira, 2), em comparação com os 14 dias anteriores, temos 915 casos novos, nos últimos 14 dias. Nos 14 dias anteriores, de 5 a 18 de Outubro, houve um total de mil 216 casos novos, o que nos leva a uma taxa de incidência de 221 por cem mil habitantes. Há uma diferença de 301 casos novos”, avaçou Jorge Barreto.

Tomara que baixe em cada dia que passa.

Até que chegue à estaca zero.

Certo mesmo é que,  nesta quarta-feira, 4, o Arquipélago registava 736 casos activos; oito mil 220 recuperados; 95 mortes; e dois transferidos; totalizando nove mil e 53 positivos acumulados.

Uma semana antes, ou seja, a 28 de Outubro, Cabo Verde contava 751 casos activos; sete mil 701 recuperados; 94 óbitos; e dois transferidos; somando, deste modo, um total de oito mil 548 infectados.

O primeiro caso de SARS-COV-2, no País, foi notificado, oficialmente, a 19 de Março.

Na Ilha da Boa Vista.

Num turista inglês.

5- Elogio e….crítica

O povo é sempre sábio.

E…uma vez mais, acertou na mosca: jamais se pode agradar, simultaneamente, a gregos e a tróianos

O arrazoado vem a propósito da Eslováquia que, num só dia – sábado passado, último dia de Outubro -, testou mais de 2,5 milhões de almas.

O equivalente, praticamente, a metade da população desse país europeu.

O Executivo de Bratislava – a Cidade-Capital, que faz fronteira com Áustria e Hungria! -, espera que a estratégia trave e reverta o crescente aumento do número de infecções à COVID-19.

Para a materilização da tarefa, mais de 40 mil médicos e equipas de apoio, compostas por militares, polícias, administrativos e voluntários foram colocados em cinco mil locais, para despistarem a população.

Os exames foram voluntários e gratuitos.

A iniciativa  encaixou críticas de vários especialistas.

Que duvidam da sua eficácia e…cientificidade.

Os eslovacos – ou residentes – que recusaram a testagem têm de cumprir quarentena rigorosa.

Que inclui a proibição de deslocação ao local de trabalho.

Se a moda pega…

 

Publicado na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 688, de 05 de Novembro de 2020

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