O Casino Royal, no Sal, aguarda autorização do Governo de Cabo Verde para reabrir as portas e voltar a funcionar. Se isso não acontecer nas próximas semanas, depois de 7 meses fechado, a situação do Casino pode ficar comprometida.
As informações foram avançadas ao A NAÇÃO por Lea Custódio, ligada à Administração do Casino que deixou a entender que se essa casa de jogo não abrir portas, em breve, a situação pode ficar comprometida.
“Até agora, o Casino Royal não procedeu a qualquer despedimento. Infelizmente, teremos que fazer isso se não pudermos abrir nas próximas semanas”.
Este semanário tentou saber mais sobre a actual situação financeira do Casino, nomeadamente se seria possível estimar os prejuízos, devido ao facto de estarem encerrados, mas essa responsável explicou que as informações financeiras do Casino são “confidenciais”.
“Fácil de entender que cada mês o Casino Royal tem que pagar enormes custos de funcionamento, mão de obra, licença das máquinas, segurança …Então, podemos dizer que desde há 7 meses que o Casino fechou, é uma perda para o Estado que já se acumula em centenas de milhares de euros”, explica.
Resumindo, esclarece que, “a cada dia que o Casino permanecer fechado é uma perda tanto para o Casino Royal bem como para o Estado”.
Isto porque, como é sabido, o Estado fica com uma percentagem da receita do jogo. Pelo que fechado, “o Casino não recebe qualquer receita, por isso o Estado também não recebe nada”, reforça.
Condições reunidas
Todos os colaboradores da empresa encontram-se em situação de desemprego técnico à excepção do departamento de Segurança e Limpeza. A reabertura é esperada por todos.
“Estamos agora em condições de reabrir o Casino. Estamos aguardando a autorização do Governo”, finalizou.
Recorde-se que aquele que é o primeiro Casino de Cabo Verde, começou a funcionar em regime experimental em Dezembro de 2016, e foi oficialmente inaugurado em Março de 2017.
O período de concessão do Royal é de 25 anos, tendo um período de exclusividade de sete anos, na zona de jogo onde se insere.
Cabo Verde dispõe, desde 2012, de cinco zonas de jogo de fortuna e azar, distribuídas pelas ilhas de Santiago, Sal, São Vicente, Boavista e Maio.