O Centro Comum de Vistos (CCV) recusou vistos a três dos cinco atletas residentes em Cabo Verde, pré-convocados para a selecção nacional de andebol no Mundial 2021, que decorre no Egipto de 13 a 31 de Janeiro.
A informação foi avançada ao A NAÇÃO por Josimar Tavares “Lenine” (Desportivo da Praia), ele que é um dos lesados na situação.
A par de Lenine estão Júnior Soares (Atlético do Mindelo, Cabo Verde) e Fred Wilson Dos Santos (Atlético do Mindelo, Cabo Verde).
Estes três atletas viram-lhes ser recusado o visto na sexta-feira passada (30) e acabaram por não seguir viagem para Portugal para o primeiro estágio de preparação, que começou ontem.
No caso dos outros dois atletas, conseguiram viajar com o visto de trabalho, uma vez que têm contratos profissionais com clubes em Portugal.
Dois pesos duas medidas
Segundo Lenine, o CCV alegou que o objectivo da viagem e as condições para a estadia prevista não eram viáveis. Já o treinador-adjunto e o vice-presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol conseguiram o visto, mesmo sabendo que têm o mesmo objectivo e local de estadia que os atletas, algo que Lenine considera ser uma hipocrisia.
Recorde-se que na semana passada, durante a apresentação da missão para o Mundial 2021, o governo comprometeu-se em assegurar todas as condições, inclusive reforçar esforços financeiros, para que a equipa nacional esteja à altura desta prova mundial.
O 27º Campeonato do Mundo vai ser disputado de 13 a 31 de Janeiro no Egipto. Cabo Verde integra o Grupo A do Mundial 2021, onde tem a companhia das selecções nacionais da Alemanha, da Hungria e do Uruguai.