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Ambiente

Biosfera já identificou 153 indivíduos de tubarões e raias ameaçadas

O programa de conservação de tubarões e raias, promovido pela Biosfera Cabo Verde na reserva de Santa Luzia, já identificou, com dispositivos, 153 indivíduos destas espécies, que precisam ser preservados, avançou o coordenador, Stiven Pires.

Este é o resultado do programa de protecção de elasmobrânquios de Cabo Verde, em curso desde Outubro de 2019, tendo em vista identificar os sítios onde as espécies podem ser encontradas dentro da reserva de Santa Luzia e a sua biologia, com recurso a identificação através de rede acústica.

 “O objectivo é conhecer a maior parte das espécies, principalmente da reserva marinha de Santa Luzia e saber a biologia destas, nomeadamente da Raia Viola Barba-negra, que neste momento está ameaçada de extinção e o Tubarão Doninha do Atlântico, que é uma espécie endémica de Cabo Verde”, avançou Stiven Pires, à Inforpress.

Para o estudo foram realizadas, no total, 14 saídas de campo, no período de um ano, sendo que a última foi registada neste final de semana, com a identificação e colocação de TAC em 14 animais.

Um trabalho feito, conforme a mesma fonte, através de um “método simples”, em que os animais são capturados, mantendo sempre a oxigenação, são colocados s dispositivos, feita a triagem de DNA e medição, tudo num período de 90 segundos.

“Sempre que houver alguma recaptura saberemos como estão, quanto cresceram e onde permaneceram ou se deslocaram”, explicou o responsável.

Para algumas destas espécies, avançou Steven Pires, já é possível saber que a reserva serve de local de alimentação ou apenas parte da rota de migração e, para outras, serve de berçário. Quanto à Doninha e a Viola, o biólogo acredita estar diante do seu habitat natural, já que a equipa tem capturado adultos e crias no local.

Steven deixa, por isso, um apelo às autoridades, no sentido de aumentarem as ações de proteção e fiscalização dentro da reserva.

Aos pescadores apela que comuniquem à Biosfera sempre que for encontrado algum dos animais identificados.

 “Estes devem anotar o número do animal e enviar ou fazer uma chamada para o número de telefone com a localização e a data em que foram identificados”, reiterou Stiven Pires, para quem essa é uma “informação valiosa” para se saber mais sobre a biologia dos animais.

C/Inforpress

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