Richart Pires, um jovem empreendedor de 24 anos, encontrou na fotografia a sua própria forma de comunicar. Na verdade, Ricardo Jorge Monteiro Pires é o seu nome de batismo. Nascido em Mindelo, no dia 9 de Fevereiro de 1994, ele é filho de Jorge e Isabel; e irmão de quatro rapazes e uma menina. Um miúdo simples e introspetivo, que quando pequeno tinha problemas em interagir com outras pessoas. Sempre distraído, reservado e de poucos amigos nunca se enquadrou no ambiente escolar. Não que ele fosse um mau aluno. Ele só queria encontrar o seu lugar no mundo. E a escola, com certeza, não era esse lugar.
Com um gosto especial por gatos, skate, pintura, filmes, leitura e café, Richart nunca pensou em ser fotógrafo; nem outra coisa qualquer. Mas, ele tinha uma habilidade: fazer massagem. E com isso, aos 16 anos fez dessa aptidão um passatempo e uma fonte de renda. Até ser apresentado à máquina fotográfica pelo seu tio Abel, em 2017, onde fez a primeira fotografia, no edifício do Liceu Ludgero Lima. Uma foto que guarda até hoje como símbolo do seu primeiro passo no mundo profissional. Desde então começou a pesquisar sobre câmeras, a história, a evolução e dicas da arte de fotografar.
Valdo, um amigo chegado, incentivou-o a fazer da fotografia a sua área profissional, onde, mais do que obter algum lucro, Richart encontraria a si mesmo, porque é um trabalho que exige atenção aos detalhes, diálogo e conexão com outras pessoas, com animais e com a natureza.
Hoje, ele já clicou para mais de mil pessoas em retratos, casamentos, aniversários e, ainda, registrou momentos de animais e fotografou produtos.
Richart diz que para chegar onde está hoje foi um longo processo, uma guerra interna em que foi obrigado a superar a própria pessoa, pensando de forma diferente e desfazendo-se do bloqueio psicológico que carregou durante anos.
Para o futuro, ele pretende ganhar o certificado na rede social Instagram, que trará mais vantagens para o seu trabalho, registar a sua marca, realizar uma exposição onde possa exibir a sua arte e ambiciona voar para longe das dez ilhas e alargar o seu horizonte, tendo como meta a fotografia.