A tecnologia cresceu cinco anos em três meses da pandemia da covid-19 e pode constituir uma solução para problemas causados pela doença, considera a presidente da Fundação Smart City, Loide Monteiro.
Esta constatação foi feita esta quarta-feira, 28, à margem do fórum virtual “Pensar Cidades e Comunidades Smarts em Cabo Verde”, enquadrado nas actividades do “Outubro Urbano”, para comemorar o Dia Mundial das Cidades, celebrado a 31 de Outubro.
“A tecnologia cresceu cinco anos em três meses de covid-19, isso quer dizer que a tecnologia pode ser uma solução para ajudar na resiliência dos problemas que a pandemia trouxe para a cidade, e é isto que vamos trazer para o debate público, ouvir os cidadãos para inteirar das suas opiniões neste sentido”, frisou a responsável.
Dado a este crescimento, avançou, surgiram novos desafios e, por isso, torna-se necessário acelerar “para não ficarmos para trás”, quando muitas pessoas ainda não têm acesso à internet. Neste sentido, a responsável defende uma maior inclusão digital.
O objectivo do fórum, segundo avançou, passa por trazer uma visão inovadora e uma nova forma de ver e estar na cidade, tendo em conta que, com a covid-19, está-se diante de um mundo novo.
Smart Safende
Neste momento a Smart City tem em curso o projecto “Smart Safende”, desenvolvido com a participação dos moradores do bairro.
“Já fizemos o diagnóstico do bairro, e introduzimos, no início da pandemia, uma solução smart de alerta, em que os residentes com problemas devido ao confinamento poderiam enviar alertas para o representante da comunidade e este fazia a ponte com os poderes local ou central”, explicou.
O projecto é embrionário, e, nos próximos três anos, vai ser avaliado para ver onde se pode melhorar, realçou Loide Monteiro, acreditando que, futuramente, possa dar frutos já que “o crescimento é contínuo e sempre há inovação”.
O fórum foi realizado para assinalar o Dia Mundial das Cidades, que este ano decorreu sob o lema “Valorizar nossas Comunidades e Cidades” e contou com a participação de analistas nacionais e internacionais.
C/ Inforpress