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Covid-19

Espanha: UNICEF alerta para impacto da Pandemia na taxa de pobreza infantil

UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – pede ao Governo espanhol para rever o sistema de prestações e protecção das crianças no País, onde a taxa de pobreza infantil se situa em 27,4 por cento – % -, acima dos países com rendimento semelhantes ou mesmo inferiores.

Em Espanha, a Pandemia Global de COVID-19 está a ter especial impacto nos agregados familiares com crianças.

No Relatório “Como Reduzir a Pobreza Infantil em Espanha? Análise e Recomendações”, publicado segunda-feira, 26 – a que o jn.pt teve acesso -, o UNICEF recorda que a situação antes da COVID-19 já era preocupante. Ou seja: uma em cada três crianças estava em risco de pobreza e aquele País, fronteiriço a Portugal,  ocupava, neste domínio, os lugares cimeiros no Continente europeu, juntamente com a Roménia, a Bulgária e a Itália.

“A Pandemia de COVID-19 irá, sem dúvida, ampliar estes dados e aumentar a pobreza, a exclusão e a desigualdade infantil”, alertou o responsável pela Incidência Política e Estudos do UNICEF/Espanha, Cristian Junquera, em Comunicado.

Entre o último trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020, a percentagem de famílias sem rendimentos aumentou 20%, mas no caso das famílias com filhos dependentes o aumento foi quase o dobro (37%).

A Organização frisa que as crianças já sofreram fortemente com a Crise Económica de 2008 e, para evitar que volte a acontecer, é necessário aumentar as despesas com políticas familiares em Espanha, que são, actualmente, menos de metade das dos países com menores taxas de risco de pobreza infantil.

O UNICEF/Espanha elogia várias das medidas de emergência adoptadas pelo Governo, tais como o rendimento mínimo garantido, mas adverte que esta ajuda ainda está longe dos benefícios que existem nos países de elevado rendimento da União Europeia e sublinha a necessidade de as comunidades autónomas não se escudarem nesta medida para reduzir os recursos que investem na luta contra a pobreza.

A Organização considera que o rendimento mínimo garantido não deve substituir outras prestações, como o abono de família, que é universal na maioria dos países europeus.

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