Nana Almeida congratula-se com a ideia das matrizes em braille para que os invisuias possam votar sozinhos mas, no seu entender, ainda não se conseguiu atribuir total liberdade aos deficientes visuais nas eleições.
Nana foi às urnas, pela quarta vez, exercer o seu direito ao voto e como é habitual fê-lo com a ajuda de um “amigo de confiança”. O invisual diz que, apesar das matrizes em braille, ainda necessita de ajuda de terceiros para votar.
“Eu acho que ainda devemos contar com terceiros porque o sistema não está fácil. Penso que a ideia é muito linda mas não é eficaz. Para funcionar teriam de ter colocado materiais que os cegos usam para escrever, pois automaticamente quando o sistema é para favorecer os invisuais nunca deveria ser obrigatório o uso de canetas. Eu leio e assino em braille então a partir do momento que a caneta entre em cena não funciona”, aponta Nana Almeida.
O cidadão diz que por mais que tenha sido “uma excelente iniciativa” da CNE, ele vai continuar a votar como sempre votou, pelo menos até que “resolvam esta questão.”
De relembrar que esta é a primeira vez em Cabo Verde que os invisuais podem votar sozinhos, através de matrizes em braille.