Alguns eleitores ouvidos pelo A Nação na cidade do Porto Novo, Santo Antão aplaudem o processo eleitoral em termos de organização, mas repudiam a postura das candidaturas durante o período de campanha eleitoral por promoverem a aglomeração de pessoas e desrespeitarem outras regras de combate à Covid-19.
O cidadão Paulo Santos diz acompanhar de perto o processo eleitoral e o que viu não lhe agradou. Na óptica deste eleitor, a campanha eleitoral deveria ter sido feita com mais coerência e responsabilidade e faz uma comparação.
“Seria mais bonito se tivessem tido um pouco mais de consciência. Se até o ensino está a ser feito à distância, porque não fazer também as campanhas à distância, pela rádio e televisão”, compara este munícipe.
O munícipe diz ser incoerente quando se compara estas duas realidades e considera que o porta-a-porta de todas as candidaturas em Porto Novo não teve em consideração vários pontos de segurança sanitária. Para este eleitor todos as candidaturas erraram no período de campanha.
Na mesma linha de raciocínio, o eleitor João Lopes considera que o processo eleitoral decorre da melhor forma, organizado, porém destaca o nível de aglomeração nas campanhas, que considera de quase inevitável. João, entretanto, elogia o protocolo de segurança da CNE, na prevenção da Covid-19. Para este munícipe voto é sinónimo de desenvolvimento.
César Lélis, também eleitor, por sua vez, acha que a postura das candidaturas poderia ter sido mais inteligente no combate à Covid-19, mas que o contacto dos políticos com o eleitorado é necessário, pelo que não se analisou a melhor estratégia de chegar nas pessoas.
Apesar dos pontos negativos mencionados pelos entrevistados, hoje o foco está nas assembleias de voto e no combate à abstenção, notando-se alguma afluência de jovens às urnas.
Voto Jovem
Rilda Gonçalves não quis ficar de fora das eleições. Exerceu a sua cidadania através do voto por considerar que seu voto contribui para desenvolver o município e transformar Porto Novo num lugar melhor.
Também o jovem Paulo Santos, por sua vez, vê no seu voto a legitimidade para reivindicar e criticar o que não está bem, assim como uma forma de se reforçar a cidadania e de melhorar o futuro.