O embaixador cabo-verdiano nos Estados Unidos da América, José Luís Livramento, vai atribuir a totalidade do seu salário a três ONGs que se dedicam à causa das crianças e adolescentes carenciados.
“Com o avanço do processo de nomeação como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo Verde junto dos Estados Unidos da América, tomei a decisão de abreviar a minha aposentação de modo a fechar este dossier sobre a minha carreira profissional ainda antes de iniciar esta desafiante e honrosa missão, sendo certo que só esta circunstância me levou a fazê-lo. Face a estas circunstâncias, sempre foi minha intenção de canalizar os rendimentos relativos ao salário das novas funções (embaixador) para apoiar uma das causas que me são caras e que se prendem com o acesso dos alunos das famílias mais carenciadas à educação”, explica Livramento.
Deste modo, diz, decidiu atribuir a “totalidade” do seu salário de embaixador a três ONGs, que se dedicam à causa das crianças e adolescentes carenciados, especialmente aqueles que estão em risco social ou de abandono escolar, “por falta de condições financeiras das suas famílias ou insuficiência de apoios sociais do Estado e das instituições que se ocupam desta problemática”.
Neste contexto, Livramento avança que já assinou com a ACRIDES, MORABI e o IRAESSC (Instituto das Religiosas Adoradoras) três acordos de subvenção no montante anual de 1.080.000$00 (um milhão e oitenta mil escudos), repartidos em duodécimos mensais de 90.000$00 (noventa mil escudos) enquanto exercer o cargo de embaixador.
Até Julho passado, José Luís Livramento ocupava o cargo de presidente do Conselho de Administração da Cabo Verde Telecom, tendo sido nomeado embaixador em Setembro, substituindo Carlos Veiga no cargo.