A crise sanitária, devido à pandemia da covid-19, adiou os trabalhos de recuperação do monumento de arte urbana “Póss”. A informação foi avançada pelo Instituto do Património Cultural (IPC), a propósito do atraso no arranque da intervenção no monumento.
Em 2019 foi anunciado que o monumento “Póss” iria ser desmontado e que a sua estrutura iria ser recuperada, face ao estado de degradação que a peça emblemática da cidade do Mindelo apresentava.
Passado um ano, a intervenção no monumento ainda não teve início, facto que o presidente do IPC, Hamilton Jair Fernandes, justifica com a actual crise sanitária, devido à pandemia da covid-19.
“Houve todo o trabalho de diagnóstico que foi solicitado pelo Ministério da Cultura, através do IPC, no sentido de se passar rapidamente a mobilização dos recursos e a intervenção necessária, atendendo a urgência que o diagnóstico demonstrou na altura. Infelizmente veio a coincidir com o que temos hoje, a crise sanitária que obrigou com que fizéssemos toda a planificação, não só a nível da intervenção mas sobretudo da planificação orçamental e financeira”, diz Hamilton Jair Fernandes.
Para o IPC, a intervenção no monumento é vista como algo prioritário tendo em conta o estado de degradação que apresenta e o perigo que pode representar para o bem comum. Contudo, Fernandes sublinha que é preciso ver a questão financeira, que tem impedido a continuidade em certas intervenções.
“Há um orçamento, há uma aposta, há um compromisso com a empresa. Só estávamos a espera de ultrapassar a fase mais crítica, em termos financeiros, ditado pela pandemia. Mas infelizmente, à vista de todos, esta têm-se agravado e, sem prejuízo do estado de degradação, que disse há pouco que inspira atenção, e cuidado”, acrescenta.
Recentemente de visita a São Vicente, Hamilton Jair, efectuou uma visita ao monumento, para fazer uma reavaliação sobre o seu estado. Este responsável disse ter levado a preocupação à equipa do IPC.
A recuperação do monumento “Póss” será executada por Ró d’Interart, com o apoio de um gabinete de engenharia civil liderado pelo engenheiro, Lucas Santos. Este artista plástico diz estar apenas aguardando pela luz verde do IPC.
