Os cinco pretendentes à Câmara Municipal do Tarrafal intensificam, diariamente, a caça aos votos dos eleitores para o dia 25 de Outubro. Todos redobraram os contactos porta a porta, nas diversas comunidades desse município.
Holden Roberto Duarte, postulante da UCID – União Cabo-Verdiana Independente e Democrática – não tem dúvidas de quais serão as suas prioridades para as comunidades de Cabeça Carreira, Perdigoto e Lém-Mendes.
Vai “jogar forte” em investimentos em habitações sociais que, presentemente, a maioria está em más-condições de habitalidade, com as famílias desprovidas de posses para melhorá-las.
Outro compromisso de Duarte é a introdução da cultura de coerência e fiscalização das obras municipais, de modo a se evitar desvios.
“O maior problema que nós temos nas câmaras municipais, é a falta de fiscalização das obras públicas e a responsabilização em caso de danos”, realça Holden Roberto Duarte, prometendo terrenos para cultivo, em ordem a que as famílias tenham meios de subsistência e não fiquem dependentes dos caprichos dos dirigentes.
Independentes apelam a uma “boa escolha”
Já Domingos Semedo, dedicou parte desses dias a garantir que não é candidato de “nenhum Partido, que tem estado a prometer e a não cumprir”, mas, que está na corrida pelo Grupo Independente “Unidos por Tarrafal”.
“Apelo à população do Tarrafal a fazer uma boa escolha e a votar de uma forma consciente. Tomem cuidado e não misturem os candidatos”, avisa Domingos Semedo, comprometendo com os eleitores de que, ao contrário dos outros, “cumpriremos tudo aquilo que prometemos, por ordem de prioridades e urgências do Município”.
Cláudio Sousa, pretendente à Câmara Municipal pelo MIT – Movimento Independente Tarrafal -, está “a trabalhar no duro” para limpar o “terreno minado” pelo MpD – Movimento para a Democracia – e pelo PAICV – Partido Africano da Independência de Cabo Verde.
“Não está a ser fácil convencer as pessoas de que somos diferentes, porque estamos a trabalhar num terreno que já está minado. Os partidos políticos já cometeram muitos erros aqui no Tarrafal e as pessoas já perderam a esperança”, denuncia Sousa, para revelar que, como há muita desesperança nos eleitores, estão a trabalhar, arduamente, para diminuírem “a abstenção, que é grande neste Concelho, por causa da descrença”.
Mpd joga em “casa”
Por seu turno, o aspirante do MpD – que governa o Município há 28 anos -, Celso Soares Ribeiro, também joga forte nos contactos com a população.
Quarta-feira “jogou em casa”, já que elegeu Ponta Lagoa – bairro onde nasceu e cresceu, situado nos arredores da Cidade de Mangui, que é a Capital do Tarrafal -, para o porta a porta. E já tem ideias claras para a comunidade.
“Ponta Lagoa é uma zona de drenagem e, para aqui, temos um rojecto extremamente ambicioso, que passa pela requalificação, aproveitando toda a orla da Ribeira. À semelhança daquilo que foi feito em Cobon, na Cidade da Praia, temos um projecto parecido. Queremos transformar toda a área circundante num espaço de lazer e convívio. É o nosso grande desafio”, anuncia Celso Ribeiro.
PAICV aposta na requalificação urbana e ambiental
José dos Reis, candidato do PAICV, apresenta a requalificação urbana e ambiental como um dos grandes desígnios da sua campanha.
Principalmente, para a Vila de Chão Bom de Mangui, o segundo maior povoado do Tarrafal, que passou 28 anos a lidar com uma Câmara Municipal “que espera as coisas acontecerem”.
Assegurando que tudo será diferente, caso conquiste a confiança dos tarrafalenses, a 25 de Outubro, José dos Reis garante que estimulará agricultura, criando uma Escola Industrial de Transformação Agro-Industrial, no antigo Colonato, outrora chamado de “Titina Silá”.
“Tudo isto, depois de uma aposta na mobilização de água, para fomentar a agricultura irrigada, tanto em Colonato, como em Achada Boi e Achada Grande”, remarca.
Estão inscritos nos cadernos eleitorais, provisoriamente, 12 mil 232 eleitores, contra os dez mil 884 de 2016.
Alexandre Semedo
