A denúncia foi feita por Nelson Lopes, candidato de “Más Soncent” à cadeira de presidente da Câmara Municipal de São Vicente.
O mentor deste movimento alega que o director de campanha está a sofrer “pressão” e “ameaças” por parte da direção da Cadeia Central da ilha. Trata-se de Manuel Lopes, guarda prisional, que, segundo declarações de Nelson Lopes à Inforpress, ajuda como director de campanha mas “sequer faz parte da lista” da candidatura em causa.
“O director da nossa campanha eleitoral foi ameaçado de processo disciplinar pela directora da cadeia de São Vicente, alegando a directora, até, que a situação é muito mais grave do que ele pensa, e fiquei triste”, disse o candidato.
“Se estamos num país democrático, onde a ministra da Justiça faz campanha na ilha do Sal, ela é livre, é uma cidadã cabo-verdiana, pode fazer, porque é que o nosso director de campanha não pode fazer o mesmo?”, contestou Nelson Lopes.
O candidato diz entender, agora, o porquê de muitas pessoas desistirem de fazer parte da lista. Este ainda considera que “não podemos permitir coisas do género num país democrático”. De acordo com a legislação eleitoral de Cabo Verde, disponível no site da Comissão Nacional de Eleições (CNE), não é proibida a participação em campanhas eleitorais “dos titulares de cargos políticos e dos funcionários ou agentes que sejam dirigentes ou militantes partidários, candidatos ou mandatários de lista”.
Contudo, estes não devem usar os seus cargos para facilitar ou ceder algum tipo de privilégio ao partido que integram dentro das suas instituições laborais.
A NAÇÃO tentou obter uma reacção da direcção da Cadeia Central da Ribeirinha, mas sem sucesso, mas irá continuar a tentar.