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Covid-19

Mais de metade das vítimas mortais em Cabo Verde tem mais de 60 anos

O dia mundial do idoso foi hoje assinalado em Cabo Verde, assombrado pela pandemia da covid-19 e pelo facto de mais de metade das mortes relacionadas com a doença ser de pessoas acima dos 60 anos.

De acordo com o director nacional da saúde, este grupo etário merece uma atenção particular.

“Setenta por cento dos óbitos em consequência da covid-19 em Cabo Verde foram registados em pessoas idosas, maiores de 60 anos e cerca de 10% de todas as infeções por covid-19 acontecem neste mesmo grupo”, o que, segundo Artur Correia, exige uma atenção muito especial a essa franja da população.

A agravar esta situação, prossegue o DNS, a maioria das pessoas idosas que estão a falecer têm doenças associadas, doenças crônicas não transmissíveis, o que agrava o seu estado de saúde a acelera situações mais graves.

Da mesma forma, assinala, cerca de 50% das doenças crônicas não transmissíveis também acontece em pessoas de mais de 60 anos.

“Isso leva-nos a uma dupla responsabilidade. A responsabilidade dos jovens em se protegerem a si próprios mas também os seus familiares mais idosos, e dos serviços de saúde em não baixar a guarda para cuidar das pessoas idosas afectadas com doenças crónicas”, sublinhou.

Entres essas doenças estão problemas cardiovasculares, diabetes, infecções respiratórias crônicas e cancros.

A conferência contou ainda com a participação dos Ministro da Saúde e Segurança Social, que enalteceu a importância de se olhar para a forma como as pessoas idosas vivem no dia-a-dia.

“Como está o idoso no meio urbano e rural, qual é a relação familiar, qual é a força e o apoio que eles estão tendo. De uma forma geral, ainda temos em Cabo Verde poucos lares de idosos. A maior parte da pessoas ainda estão junto da famílias, o que, por um lado traz mais conforto, mas também há riscos”, reforçou o ministro.

C/ RCV

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