Ministro do Turismo e Transportes é chamado ao parlamento, na próxima quarta-feira, pelo PAICV, para responder à problemática dos transportes, enquadrado nas questões de política interna
Em conferência de imprensa realizada no passado dia 9, Carlos Santos, ministro do turismo e transportes, apelava, durante o anúncio da abertura do tráfego aéreo, ao cumprimento da regras sanitárias estabelecidas e garantiu que tudo está nas mãos da sociedade cabo-verdiana.
“O reerger da economia, o reerguer desse processo, desse fluxo de turistas, irá depender do cidadão cabo-verdiano. Por isso, deixo aqui, mais uma vez, um apelo a todos os cabo-verdianos, de Santo Antão à Brava, para cumprir escrupulosamente as medidas anunciadas”, apelou o ministro.
Em declarações à RCV, Rui Semedo, lider da bancada parlamentar do PAICV, diz reconhecer que a situação do sector dos transportes do país é problemática, tanto a nível aéreo como marítimo.
“A nível aéreo temos desafios muito graves. Neste momento em que se fala muito na abertura das nossas fronteiras e a possibilidade de ligação de frequência regular a nível aéreo, nós temos um único avião. E enfrentamos mais um problema, as indefinições, falta de esclarecimentos. A situação laboral é complicada.”, explica Rui Semedo, que acrescenta que além dos trabalhadores que “não sabem dos seus futuros”, é preciso saber qual é a dívida, qual é a verdadeira situação do país.
O líder parlamentar frisa que serão esclarecidas as saídas que o governo propõe e vão ser partilhados com os cabo-verdianos.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) quer saber, em concreto, quais são os planos do governo para garantir a conexão do arquipélago com os outros países e também a nível interno. Contudo, a líder parlamentar do Movimento para Democracia (MpD) alega que se trata de “oportunismo” por parte do maior partido da oposição, que pretende comparar a situação atual com a de 2016.
“No mundo inteiro, as companhias aéreas estão a atravessar problemas. As maiores ainda nem sequer retornaram as ligações. A nossa dificuldade tem haver com a privatização da TACV a um ano e tal, veio a crise e todos tiveram a obrigação de parar toda a frota.”, defende Joana Rosa que garante que agora é o período de “tomar medidas” dentro das “disponibilidades do país”.
Além do ministro, Maritza Rosabal, ministra da educação e inclusão social, é chamada ao parlamento, pelo MpD, para abordar o tema “Educação em tempos de Covid-19”.
C/ RCV
