Louise Glück ganha o Prémio Nobel de Literatura 2020. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 8, pela Academia Sueca.
A Academia Sueca justificou nesta quinta-feira, 8, que premiou a autora norte-americana Louise Glück, “por sua inconfundível voz poética que, com beleza austera, torna universal a existência individual”.
Considerada por muitos, uma das poetisas contemporâneas mais talentosas dos Estados Unidos da América (EUA) – segundo escreve o portal brasileiro g1.globo.com -, Louise Glück é conhecida pela precisão técnica, sensibilidade e uma obra sobre solidão, relações familiares, divórcio e morte.
Os primeiros livros da autora são centrados em casos de amor fracassados, encontros familiares desastrosos e desespero existencial. Seus trabalhos posteriores continuam a tratar de temas como decepção, rejeição, perda e isolamento.
Em 1993, Glück ganhou um Prémio Pulitzer por seu livro “The wild iris”. Seus poemas também estão em livros, como “Firstborn”, (1968), “The house on marshland” (1975), “The garden” (1976), “Descending figure” (1980), “The triumph of Achilles” (1985) e “Ararat” (1990).
Seus destaques desta década são “Faithful and virtuous night” (2014), vencedor do National Book Award, e “Poems 1962-2012” (2012), que ganhou o Los Angeles Times Book Prize.
O crítico William Logan, do “The New York Times”, descreve a escrita de Glück como “o resultado lógico de um certo tipo de verso confessional, faminto de adjectivos, reduzido a um conjunto nervoso de verbos, intenso, quase ultrapassado. Seus poemas são sombrios, difícil desviar o olhar deles”.
Desde 1901, foram 117 laureados em 113 premiações. Isso porque em quatro delas, dois nomes foram anunciados como vencedores no mesmo ano. Até hoje, ninguém foi premiado mais de uma vez.
Rudyard Kipling foi o mais jovem vencedor do Prémio. Em 1907, quando foi nomeado, tinha 41 anos.
Já a mais velha foi Doris Lessing, que estava com 88 anos quando foi premiada, em 2007.
O Prémio Nobel de Literatura foi concedido a apenas 16 mulheres, entre uma centena de homens desde sua criação, em 1901. Antes de Louise, a última delas havia sido Olga Tokarczuk, em 2018.
Com a vitória de Louise Glück, o Prémio Nobel já tem quatro laureadas mulheres neste ano. A primeira foi Andrea Ghez, que dividiu o Prémio com dois cientistas, por sua pesquisa em buracos negros.
Além dela Emmanuelle Charpentier e Jenifer A. Doudna ganharam o Prémio Nobel’2020 em Química, pela descoberta do Crispr, método de edição do genoma.
Este ano, o Prémio para cada um dos ganhadores do Nobel é de dez milhões de coroas suecas.
A láurea em Medicina foi a primeira a ser anunciada, na segunda-feira, 5, para a descoberta do virus da Hepatite C.
O Prémio em Física, divulgado na terça-feira, 6, foi para pesquisas sobre buracos negros.
Na quarta, 7, foi anunciado o Prémio em Química, pela descoberta do Crispr, método de edição do genoma.
O Prémio Nobel da Paz será entregue nesta sexta-feira, 9, enquanto a láurea em Economia será divulgada na próxima segunda-feira, 12.