O candidato à Câmara Municipal de Santa Catarina, pela lista independente “Santa Catarina Acima de Tudo”, Félix Cardoso, apresentou uma queixa-crime contra o também candidato à sua própria sucessão, José Alves Fernandes, acusando-o de gestão danosa.
Feliz Cardoso fala num “conjunto de ilegalidades”na gestão do ex-presidente dJosé Alves Fernandes e que, segundo diz, “ultrapassa a questão da política”.
“(…) É uma questão de justiça e é por isso que fizemos uma denúncia formal para que se possa fazer uma investigação a fundo dos actos praticados ao longo da sua gestão”, concretizou o candidato independente.
Em conferência de imprensa, o também jurista assegurou que, pela experiência que tem, “há indícios fortes de crimes de corrupção, tráfico de influência, peculato, participação ilícita em negócios, branqueamento de capital, praticado pelo ex-presidente da câmara José Alves Fernandes e a sua equipa no mandato cessante”.
Para sustentar suas afirmações, lembrou que durante o debate radiofónico confrontou várias vezes o também candidato à sua própria sucessão sobre os avultados montantes não justificados e que o mesmo em nenhum momento quis falar sobre o assunto.
Outro acto, que para ele constitui “gestão danosa”, é o facto de uma empresa representada pelo irmão de José Alves Fernandes ter ganho concursos e ter já executado um conjunto de obras, acto que, segundo a mesma fonte, o mesmo assumiu durante o debate radiofónico e considerou ser “normal”.
Félix Cardoso fez também referência às obras de requalificação do centro da cidade de Assomada, apontando uma poupança de cerca de três mil contos, cujo destino, segundo diz, ninguém conhece.
“É necessária uma investigação rigorosa dos quatro anos do mandato do senhor ex-presidente da CM de Santa Catarina. Temos constatado que em 2017, 2018 e 2019 ele não prestou as contas no Tribunal de Contas. Portanto, isto é mais um indício grave e marca de uma gestão irresponsável”, considerou.
Reacção
Em reacção, o candidato José Alves Fernandes disse que tais “acusações e difamações” são movidas por “ódio e vingança” por este ter sido rejeitado pelo partido para liderar a candidatura do mesmo em Santa Catarina.
Segundo José Fernandes, o Governo não teria dado cargos que Félix Cardoso tanto queria, nomeadamente o de Procurador-geral da República, de director da Polícia Judiciária e o de director da Administração Pública.
“Dou-lhe 24 horas para apresentar as provas contra a minha pessoa. Ele não passa de um mentiroso compulsivo e de um vigarista, o que ele quer é atrapalhar Santa Catarina, mas não vai conseguir (…)”, declarou José Alves Fernandes.
Sobre a empresa representada pelo seu irmão, que é engenheiro civil de profissão, disse que não poderia penalizá-lo pelo facto de o seu irmão ser técnico na mesma área.
C/Inforpress