Pedro Bettencourt acusa os sucessivos governos do país de “respostas desgarradas” quanto à política de habitação social no país.
Além disso, o bastonário da Ordem dos Arquitectos de Cabo Verde (OAC) diz que a nível qualitativo “a situação deixa muito a desejar”.
Em entrevista à RCV Pedro Bettencourt disse que, apesar de todas as tentativas do governo, em termos quantitativos, segundo dados, “faltam cerca de oito mil habitações por ano” para driblar a situação.
“Não obstante os esforços do governo em introduzir saneamento, de fazer algum upgrade urbano, complemento de habitações, ainda temos muitos desafios por vencer. Apesar de termos muitas tentativas do passado, a 20-30 anos atrás, temos vindo a tentar resolver esta situação e os sucessivos governos não têm sabido lidar, não vão buscar aprendizado para desenvolverem ideias. E, consequentemente, as respostas têm sido desgarradas.”, explica o bastonário.
Pedro Bettencourt diz-se ainda preocupado com as construções nas periferias e no perigo que estas acarretam.
“Nós devíamos atuar antecipadamente, disponibilizando terrenos em espaços condignos, porque hoje todo mundo fala em qualidade de vida e isso vai além das habitações. É sobretudo na área de convívio, área de socialização.”, defende o arquiteto.
O dia mundial do habitat é celebrado sob o lema “Habitação para todas e todos: um futuro urbano melhor”. Vários eventos decorrem durante este dia e ,em Cabo Verde, acontece uma aula magna realizada pela Ordem dos Arquitectos de Cabo Verde.