Vera Lúcia Tavares Cabral é uma jovem, natural da Achada Monte, no concelho de São Miguel, ilha de Santiago, formada em ciências biológicas, que encontrou na produção de vasos decorativos uma forma para driblar o desemprego.
Em conversa com A NAÇÃO, Vera conta que a ideia de fazer vasos decorativos e para plantas surgiu durante o estado de emergência imposto pela covid-19.
“Comecei há cerca de quatro meses. Antes fazia apenas doces e salgados e decorava espaços para festas. Mas, de repente, mudou tudo com a chegada da pandemia da Covid-19. E durante o período do estado de emergência fiquei muito tempo em casa parada. Então comecei a fazer alguns vasos de cimento para colocar algumas plantas que tinha em casa. Depois postei fotos dos vasos nas redes sociais e os meus amigos começaram a elogiar e a encomendar. Inicialmente senti um pouco de receio. Mais a medida que a procura ia aumentar comecei a ganhar a confiança”.
Vera diz que tem recebido muitos pedidos, sobretudo de clientes da cidade da Praia. “Graças a Deus tenho recebido muitas encomendas através das minhas páginas nas redes sociais, nomeadamente ‘Arte Verah’. Por dia posso fazer cerca de 30 vasos. Inicialmente comecei a decorar os vasos com palavras e frases que expressão sentimentos de um modo geral, nomeadamente Fé, Gratidão, Amor, Amizade etc. Mas depois os clientes começaram a pedir para escrever os seus nomes ou da pessoa amada. Então agora a maioria dos vasos que faço é por encomenda e personalizado a gosto freguês. Os vasos custam 500 escudos cada”.
A jovem artista confessa que gostaria de ter um espaço para expor os seus vasos e mais tarde apresentar outros tipos de trabalhos. Vera Cabral desafia os jovens a demostrarem os seus talentos sem medo.