A UCID disse não entender o desleixo por parte do Ministério Público (MP) ao deixar prescrever alguns crimes no caso do Fundo do Ambiente.
Na óptica dos democratas-cristãos, o interesse público ficou prejudicado por incúria do MP.
Esta acusação foi feita pelo vice-presidente da UCID, João Luís, na quarta-feira (30), durante uma conferência de imprensa, em São Vicente, em reacção ao desfecho do caso Fundo do Ambiente.
“Se por um lado o Ministério Público andou bem ao deduzir a acusação à alguns arguidos, por outro andou muito mal ao deixar prescrever alguns crimes. Não se entende este desleixo por parte de quem deveria zelar pelo cumprimento da legalidade e a realização da justiça”, começa por dizer o vice-presidente da UCID.
Neste caso em particular, este responsável diz que o interesse público ficou prejudicado por incúria do Ministério Público.
Nesta exposição, João Luís visou igualmente o MPD e o PAICV, a quem acusa de tomarem posições consoante a cor partidária dos envolvidos, quando o assunto é gestão da coisa pública
“O PAICV não se pronunciou de forma clara sobre o despacho do MP em relação ao fundo do ambiente. Por outro lado o MPD, como está no poder, procura tirar dividendos políticos deste caso”, argumenta.
Neste sentido, a UCID entende que que todos devem zelar pelo cumprimento da lei em todas as situações, algo que não tem sido feito por ambos partidos ou, quando feito, é de forma superficial.
“As situações de gestão danosa, devidamente denunciadas, a falta de rigor e de transparência na gestão do erário público que merecem ser tratadas de forma séria e isenta, alguns têm sido relegadas para o segundo plano pelo partido no poder, outros são tratados conforme o interesse e a cor política de cada sujeito político”, conclui.