O cemitério tem registado afundamento de covas devido às últimas chuvas.
O vereador do Ambiente e Saneamento da Câmara Municipal da Praia, António Lopes da Silva, desdramatizou a questão do afundamento de covas no cemitério de Achada São Filipe e disse que a obra respeitou todos os parâmetros de construção.
Para o vereador, trata-se de algo “normal”, garantindo ainda que, na altura em que foram suspensas sepulturas no referido cemitério, foi por falta de covas disponíveis.
Em declarações à Inforpress, António Silva disse ainda que as especulações levantadas foram “sem razão de ser”.
“Os covatos são feitos no momento do enterro. São feitos com máquinas e, depois, são transportadas terras finas apropriadas para as sepulturas”, indicou o vereador, acrescentando que este processo acontece também em relação a certas zonas do cemitério da Várzea.
Na perspectiva daquele responsável, o cemitério de S. Filipe está num sítio bem localizado e até “melhor do que o da Várzea”.
“Aqui [em Achada de S. Filipe], a água da chuva não contamina o subsolo, porque estamos numa zona alta e, dificilmente, as águas vão contagiar as áreas agrícolas”, observou António Lopes da Silva.
Instado por que razão as sepulturas estiveram suspensas, explicou que as covas são abertas em função das necessidades, porque “é necessário muito dinheiro” e os trabalhos são feitos com máquinas.
O mesmo considera ainda “normal” que, depois das chuvas, haja afundamento de algumas covas em Achada de S. Filipe.
“Quando chove muito, e isto acontece também na Várzea, alguns covatos cedem”, apontou.
Confrontado com informações, segundo as quais quando se abre um covato aparece caixões de sepulturas feitas há pouco tempo, o vereador afirmou “duvidar da veracidade do relato dos factos”.
“Trata-se de um terreno que tem alguma quantidade de pedras e, em certas áreas, quando abrimos as covas, fazemo-lo no meio de pedras”, argumentou, para depois indicar que as covas “estão bem alinhadas”.
A gestora do sepulcrário de S. Filipe, Simone Gonçalves, por seu lado, garantiu à Inforpress que “nunca se registaram casos de caixões que ficaram a descoberto por causa da abertura de uma cova ao lado”.
De acordo com os dados disponibilizados pela gestora Simone Gonçalves, já foram sepultados mais de mil corpos no referido cemitério.
C/ Inforpress