O perdão da dívida externa é determinante para se poder atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), relançar e recuperar a economia, que está sendo
afetada pela pandemia da covid-19.
Este desejo foi manifestado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, na abertura do Fórum Internacional “Cabo Verde Ambição 2030”, que decorre hoje e terça-feira, 29, na Cidade da Praia.
Com os impactos da covid-19, conforme o chefe do Governo, muitos dos países em desenvolvimento ficaram “mais pobres”, com “economias desestruturas”, e que “muitos caminhos” para o desenvolvimento sustentável “ficaram obstruídos”.
“E neste contexto que se torna necessário, montar e operacionalizar soluções consistentes e previsíveis de financiamentos de recuperação e relançamento das economias, e temos de bater sempre nesta mesma tecla do alívio e perdão da dívida externa, é uma necessidade de curto prazo com impacto no médio e longo prazo”, realçou.
O chefe do executivo cabo-verdiano considera que os recursos libertados pelo serviço da dívida pública podem ser utilizados numa perspetiva plurianual para o financiamento dos programas com efeitos de transformação estruturais para atingir os ODS.
Confiante na capacidade de Cabo Verde em atingir os ODS, Ulisses Correia e Silva admitiu que a aceleração do crescimento económico é indispensável para a retoma da caminhada do desenvolvimento sustentável, que mergulhou o país no “maior nível de recessão e perda de emprego de todos os tempos” perante a pandemia da covid-19.