O desconfinamento poderá ser uma das soluções para conter o descalabro económico, provocado pela pandemia da covid-19. Esta é uma das constatações do Conselho da República, que esteve reunido, esta segunda-feira, para analisar a situação epidemiológica do país, no tocante à saúde, economia e educação.
O Presidente da República disse, no final da reunião, que a situação actual “merece alguma preocupação”, porquanto, “sem a criação de condições que permitam alguma retoma da economia, nomeadamente, do turismo haverá riscos de deterioração da situação, que já é preocupante”.
Jorge Carlos Fonseca disse ainda que, os dados existentes neste momento, a nível das receitas fiscais, “há uma perda de cerca de 116 milhões de contos”.
Perante o cenário de elevada dívida pública, que ronda os 140 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB), da provável duplicação do desemprego e da fragilização do tecido empresarial, o Chefe de Estado admite que a solução poderá estar no desconfinamento.
Contudo, Jorge Carlos Fonseca admite apoiar medidas de desconfinamento se Cabo Verde conseguisse fazer recuar os números de propagação do vírus SARS-COV-2.
“As perspetivas não são boas”, realçou Jorge Carlos Fonseca que considera que se este quadro não for alterado, “2021 será um ano ainda bem mais difícil que o ano de 2020”.
Outra informação avançada nesta reunião do Conselho da República, está relacionada como medidas que o Governo pretende adotar, no sentido de criar, até final desta semana, as condições para que as pessoas possam conhecer o resultado do teste da covid-19 via plataformas digitais, reduzir o tempo de resposta do diagnóstico e ainda vai massificar os testes.
Uma outra medida será a massificação dos testes para que se possa ter uma ideia mais precisa da situação da epidemia no país e, em particular no concelho da Praia, e a redução do tempo de comunicação dos resultados do teste de RT-PCR
