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Sociedade

Primeiro edifício inteligente de Cabo Verde pronto em nove meses

Dentro de nove meses Cabo Verde passa a ter o seu primeiro edifício inteligente, a ser implementado com recurso à inteligência artificial e Internet of Things ( IoT).

 

A garantia é dada pela presidente da Fundação Smart City, Loide Monteiro, segundo a qual se trata de um projecto piloto de edifício inteligente.

A inovação será desenvolvida no âmbito de um concurso internacional, no qual participam duas empresas do Luxemburgo. O projecto é também financiado pelo Governo Luxemburguês.

Em declarações à Inforpress, Loide Monteiro explica que o projecto-piloto vai ser implementado com recurso à inteligência artificial e Internet of Things (internet das coisas), pelo que acredita que um período de nove meses é suficiente para a sua conclusão.

Segundo a responsável, na vertente de utilização de inteligência artificial, “não conhece um edifício inteligente (em Cabo Verde)” mas há várias soluções de domótica implementadas, nomeadamente, na Universidade Jean Piaget, onde os alunos fizeram um edifício com controle automatizado, “um projecto muito interessante”, exemplificou.

O que é um edifício inteligente?

O vice-presidente da Smart City, Guevara Cruz, explica que, primeiro, deve-se entender o que se define como “edifícios inteligentes”, pois o conceito tem evoluído bastante e “o significado vai-se adequando às oportunidades do mundo digital”.

Antes, asseverou, falava-se de edifícios inteligentes com foco na domótica, ou seja, controlo automatizado da comunicação, TV, música, iluminação, cortinas, segurança, climatização, entre outros.

“Nesta mesma linha, no presente momento, a tecnologia está num estágio de evolução, onde o conceito de edifícios inteligentes vai-se adaptando às oportunidades do mundo digital, porque agora há introdução dos IoT e da inteligência artificial aplicados aos edifícios”, sublinhou.

Guevara Cruz esclareceu, ainda, que a adição de soluções integradas num edifício gera oportunidades para uma gestão de informação, através de sensores e comunicação entre aparelhos, em determinados momentos, sem intervenção humana.

“Isso muitas vezes nos dá a entender que o edifício tem recursos e que, devidamente programados, pode tomar decisões de acordo com objectivos previamente definidos”, pontuou.

Guevara Cruz entende que os profissionais da área “não estão preparados para a execução dos edifícios inteligentes”, mas acredita que é algo que estarão abertos a abraçar, sendo que, para tal, “cabe às universidades e instituições criarem formações que promovam essas competências, que são competências do futuro e com enorme potencial de emprego, tanto a nível nacional como internacional”.

C/ Inforpress

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