Cabo Verde já ultrapassou os 57 mil testes rápidos realizados para despiste da covid-19 e mais de 31.400 testes moleculares PCR.
Estes testes foram processados para a investigação da infecção pelo SARS-Cov-2 no país.
Esta revelação foi avançada segunda-feira, 21, pelo director nacional da Saúde, Artur Correia, e pela presidente do Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, em conferência de imprensa para o habitual ponto da situação da pandemia.
Segundo Artur Correia, Cabo Verde está entre os dois primeiros lugares em número de casos em África, mas também entre os dois primeiros em actividades investigativas na procura de casos para o diagnóstico precoce.
“A gente procura mais e encontra mais, numa doença em que entre 70 a 80% das pessoas são assintomáticas. Só testando é que saberemos mais”, frisou Correia, para quem nos países mais afectados do mundo, como EUA, Brasil, com dados exorbitantes, “se testarem mais vão encontrar ainda mais”.
O DNS frisou ainda que Cabo Verde está a ter uma boa capacidade na procura de casos, “consciente de que se procurar mais irá encontrar mais casos” na população.
Para os próximos tempos, avançou que será realizado um estudo que vai decifrar o que é que a covid-19 representou no agravamento do número de mortes no país, de modo a inteirar-se se o número de óbitos aumentou por causa desta pandemia, baseada em evidências.
Não obstante, sublinhou, o vírus está a contribuir para que o país dê uma “grande resposta na área de virologia, acrescentando que o INSP está a trabalhar ligado a uma rede internacional, como é o caso da CPLP, de forma a “tirar todas as lições possíveis”.