As disponibilidades de Alemanha e Portugal foram conhecidas ao mesmo tempo que as autoridades gregas anunciavam a detenção de um sexto suspeito pelo alegado fogo posto que destruiu o campo.
A Alemanha – de acordo com o portal pr.euronews.com – aceita receber mais mil e 500 migrantes, além dos 109 menores já acolhidos de entre as vítimas dos incêndios no Campo de Acolhimento de Moria, na Grécia.
Portugal também se disponibilizou, terça-feira, 15, a receber uma centena de desalojados pelo fogo neste Campo da Ilha de Lesbos, onde estavam albergadas perto de 12 mil pessoas.
As disponibilidades de Alemanha e Portugal foram conhecidas ao mesmo tempo que as autoridades gregas anunciavam a detenção de um sexto suspeito pelo alegado fogo posto que destruiu o campo.
Os suspeitos são de origem afegã, incluem dois menores já transferidos para campos continentais, e estão todos a ser interrogados pela Polícia.
O ministro grego da Proteção dos Cidadãos, Michalis Chrusochoidis, garantiu que, “no final, a rectidão, a segurança, a saúde pública e a normalidade vão prevalecer”.
O Presidente do Conselho Europeu visitou, terça-feira, o novo Acampamento de Lesbos, após ter-se reunido com o Primeiro-Ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, em Atenas.
Charles Michel disse que a União Europeia está determinada em mostrar mais solidariedade com a Grécia.
“Esta é uma situação difícil e muito complexa, mas, em nome da União Europeia, gostaria de dizer que me recuso a ignorar este desafio migratório. Este é um desafio europeu comum”, salienta Charles Michel, presidente do Conselho Europeu
O Governo grego aproveitou para pedir à União Europeia (UE), para se juntar à gestão dos novos campos de acolhimentos de migrantes no Leste do País, como parte desse alegado “desafio Europeu Comum”.
A visita de Charles Michel foi também aproveitada pelos habitantes de Lesbos para apelar ao Governo grego e à UE para transferirem, o mais rapidamente possível, os migrantes para o Continente.
Os habitantes de Lesbos argumentam que a Ilha foi transformada numa prisão para milhares de migrantes, mas que, também eles, se sentem presos e que a situação piora de dia para dia.