A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a Europa entrou num momento decisivo no combate à COVID-19 com o aumento de casos, o início das aulas e a chegada em breve do Outono.
O director da Unidade de Situações de Emergência da OMS, Michael Ryan, defendeu estar na altura de parar de “perseguir quimeras” e tomar decisões duras para proteger os mais vulneráveis e manter os jovens na Escola, mesmo que isso signifique fazer sacrifícios.
“A Europa está a entrar numa estação em que as pessoas regressam aos espaços interiores. A pressão da infecção vai aumentar”, afirmou, Ryan, citado pelo jn.pt.
Segundo defendeu Michael Ryan, os europeus terão de fazer compromissos para manter os mais jovens e os mais velhos na vida social e a única maneira de o conseguirem “é os adultos manterem uma distância que consiga diminuir o contágio”.
A OMS registou,, na sexta-feira, um número recorde de novos casos num único dia, com 53 mil 873 novos infectados.
Maria Van Kerkhove, responsável pela Gestão da COVID-19 na OMS, estimou que o aumento de casos na Europa se deveu, em parte, ao aumento da capacidade de testes e de vigilância.
No entanto, “este ressurgimento está a atingir níveis mais altos do que os que vimos em Abril e Maio”, disse.
“Não existe o risco zero”, sublinhou, por sua vez, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mas as pessoas com menos de 20 anos representam menos de dez por cento (%) dos casos e menos de 0,2% das mortes.
As escolas só deveriam ser fechadas “como último recurso” e em áreas de transmissão muito alta do novo Coronavírus, considerou, referindo, no entanto, que, apesar de existir hoje uma imagem mais clara de como o COVID-19 afecta as crianças, há muitas perguntas que continuam sem respostas.