O Parlamento britânico aprovou o Projecto de Lei do Governo de Boris Johnson, que se sobrepõe à parte do Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia, com 340 votos a favor e 263 contra.
O Primeiro-Ministro – escreve o portal pt.euronews.com -defendeu que a Proposta de Lei do Mercado Interno é necessária, pois, estabelece regras para o Comércio dentro do Reino Unido, depois do fim do Período de Transição, em 2021, protegendo o País e a Irlanda do Norte, caso não seja possível chegar a um Acordo Comercial com o Bloco Europeu.
Boris Johnson sublinhou que o Reino Unido necessita, “mais uma vez, da armadura” da sua Lei, “para preservar as disposições de que tantos empregos e meios de subsistência dependem. Este é o objectivo fundamental deste Projecto de Lei, que deveria ser bem recebido por todos os que se preocupam com a soberania e a integridade do Reino Unido”.
A nova Legislação é contestada tanto pela Oposição como por parte do Partido Conservador, que argumentam que viola o Direito Internacional. Algo que foi reconhecido pelo Executivo britânico.
O antigo líder Trabalhista, Ed Miliband, acusou Boris Johnson de ter traído os eleitores.
Miliband fez questão de frisar que o acordo do Brexit “é dele”, que a trapalhada e o fracasso também são dele. O trabalhista desafiou o Primeiro-Ministro a “assumir a responsabilidade”, pois, “está na hora de confessar. Ou não foi honesto com o País sobre o Acordo em primeiro lugar, ou não o compreendeu”.
A Proposta de Lei transita, agora, para o debate na especialidade e terá de ser aprovada pela Câmara dos Lordes, antes de ser promulgada.
A União Europeia já demonstrou desagrado e ameaça com os tribunais.