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Saúde

Portugal: Curso de Medicina no privado avança com reservas da Ordem dos Médicos

Alberto Amaral, presidente da A3ES, revelou, que o Curso foi acreditado, “condicionalmente, por um ano” e que recebeu parecer positivo da Ordem dos Médicos (OM).

Entendimento diferente tem a Ordem.

Ao portal jn.pt -, o bastonário garantiu que o Parecer, elaborado pelo Conselho Nacional para a Educação Médica e homologado, por unanimidade, pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos, “não diz em lado nenhum que é positivo”.

“É evidente que, pelo nosso Parecer, o Curso de Medicina da Católica não pode abrir”, assegurou Miguel Guimarães.

“Também não diz que é negativo”, retorquiu Alberto Amaral. “Não há lá nada que diga que o Curso não deve ser acreditado”, acrescentou o presidente da A3ES.

O Parecer da Ordem dos Médicos apresenta “vários motivos de preocupação”, que colocam em causa “a qualidade da Proposta de Ciclo de Estudos da UCP”.

Em conclusão, o Documento refere que as recomendações sugeridas “devem ser adoptadas pela UCP, para que a Proposta possa estar em condições de poder oferecer um Ciclo de Estudos integrado de Mestrado em Medicina, com a qualidade aceitável e exigível a Nível Nacional”.

Um dos principais entraves apontados pela Ordem dos Médicos é o facto da Proposta da Católica estar alicerçada no Hospital Beatriz Ângelo (Loures), uma parceria público-privada, gerida pelo Grupo Luz Saúde, cujo contrato de gestão termina em Janeiro de 2022 e não será renovado.

Já foi anunciado que será aberto um novo Concurso Público, que pode resultar num novo gestor de Contrato, que não o Grupo Luz Saúde, com o qual a Católica celebrou uma parceria.

“Esta incerteza em torno do futuro do HBA (Hospital Beatriz Ângelo) é uma enorme ameaça ao Ensino Clínico deste Ciclo de Estudos, dado que esta Instituição de Saúde é, indubitavelmente, aquela que reúne as melhores condições para assegurar um processo de Ensino/ Aprendizagem com qualidade, dada a sua maior diferenciação clínica, diversidade de patologias e casuística, e longa experiência de formação médica pós-graduada de excelência”, refere o Parecer.

Sobre esta preocupação da Ordem dos Médicos, o presidente da A3ES explicou que foi essa a razão para a acreditação ser condicionada a um ano e “para a redução do número de alunos para metade.

Alberto Amaral disse ainda que “há melhorias a fazer, mas é mais que possível fazê-las no prazo de um ano”. A decisão foi tomada esta semana pelo Regulador do Ensino Superior.

A Proposta da Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi chumbada, em Dezembro do ano passado, com um Parecer negativo da Comissão de Avaliação, nomeada pela Agência e outro da Ordem dos Médicos.

Foi, entretanto, melhorada e acaba de ter luz verde. Entre as melhorias apresentadas, está “o aumento das unidades de Saúde, onde os alunos podem estagiar”, referiu Alberto Amaral.

O Curso de Medicina da UCP prevê uma parceria com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde.

Com esta aprovação, a Região de Lisboa passa a ter três cursos de Medicina (Universidade de Lisboa, Universidade Nova e UCP).

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