O Presidente francês, Emmanuel Macron – de acordo com o portal pt.euronews.com -, lançou um apelo à classe política libanesa no sentido de levarem a cabo reformas substanciais nos próximos meses.
Macron deixou no ar a possibilidade de medidas punitivas caso estas reformas não sejam efectuadas.
O Presidente francês está em Beirute para uma visita de dois dias, a fim de assinalar o centenário do País e se reunir com funcionários governamentais.
Trata-se da segunda visita do Presidente francês ao Líbano, desde a explosão de 4 de Agosto. Macron reuniu-se com o Presidente libanês, Michel Aoun, e representantes dos principais partidos políticos.
O Governo demitiu-se após a explosão e um novo Primeiro-Ministro já foi nomeado. Macron afirmou que pretende ajudar a resolver a crise económica que se instalou no País.
“Estou preparado para organizer, na segunda metade de Outubro, uma Conferência Internacional de apoio com as Nações Unidas, que pode ter lugar em Paris, e partindo das vossas exigências e do trabalho que for feito com o novo Governo, sob a égide das Nações Unidas, podemos, de novo, pedir o apoio de diferentes países”, prometeu o Presidente francês.
Durante a manhã de terça-feira – o primeiro dos dois de visita -, Macron deslocou-se a uma floresta a Nordeste da Capital para plantar um cedro, o Símbolo Nacional do Líbano, e assinalar o centenário da fundação do País.
Após a cerimónia, regressou ao Porto de Beirute para testemunhar a devastação provocada pela explosão de 4 de Agosto e encontrar-se com cerca de 400 militares franceses, envolvidos nas operações de limpeza do Porto.
Antes, contudo, várias centenas de manifestantes levaram a cabo um protesto pacífico contra a elite política, vista como responsável pelo colapso económico do País e a exposão no Porto.
A Polícia e os manifestantes acabaram por se envolver em confrontos, depois dos manifestantes terem tentado invadir o edifício do Parlamento.