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Covid-19

Federação Cabo-verdiana dos Professores defende turmas de 10 alunos no arranque das aulas

A Federação Cabo-verdiana de Professores (FECAP) defendeu hoje que as aulas devem ser melhor acauteladas nas ilhas com maior propagação da covid-19, com turmas de apenas 10 alunos, em vez de 22, número máximo fixado pelo ministério.

Em conferência de imprensa, o presidente da FECAP, José Cardoso, sugeriu ainda que as aulas presenciais sejam retomadas apenas onde não há “um grande surto” do vírus.

A existirem aulas presenciais, sublinhou, deve-se precaver com um sistema profícuo de testes e respectivo rastreamento de eventuais contactos dos casos positivos que venham a surgir.

“Tudo vai depender da situação sanitária. A FECAP acha que se há propagação comunitária é um perigo abrir as salas para aulas presenciais”, adiantou, demonstrando preocupação com a comunidade educativa e académica diante daquilo que descreve como “uma situação de perigo”.

Neste sentido, a proposta da FECAP é de redução das turmas com um número de 10 alunos por salas e redução do horário das aulas, não descartando o ensino à distância como a solução mais viável. Para José Cardoso, apenas a redução das turmas para a metade não vai garantir o distanciamento de 1,5m.

A FECAP questionou ainda os parâmetros utilizados para se concluir que no ano lectivo 2019/2020 houve um aproveitamento de 80%, não obstante as dificuldades criadas pela pandemia da covid-19.

Segundo disse, a ausência das aulas presenciais, as limitações provocadas pelas zonas de sombra e a falta de meios de acesso aos conteúdos programáticos são factores que dão azo a uma certa especulação, “se a comunidade educativa cabo-verdiana é super-humana para driblar a situação, ou se houve algum laxismo e recurso ao facilitismo nas avaliações tornadas públicas pelo Ministério da Educação”.

As aulas devem arrancar daqui a exatamente um mês, a 1 de Outubro.

NA

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