Croisilles é uma pequena cidade francesa, com cerca de dois mil habitantes. De acordo com o portal pt.euronews.com, no início de Agosto, quando vários moradores se queixaram de distúrbios na rua, Gérard Dué, o presidente da Câmara foi ao local, para tentar acalmar os ânimos e acabou agredido.
Em Julho, a Associação dos Presidentes de Câmaras franceses alertou para o “clima de insegurança”, que os autarcas e funcionários vivem neste momento.
A situação não é nova. Em Agosto de 2019, França ficou chocada quando o presidente da Câmara de Signes foi morto, por tentar impedir a colocação de lixo ilegal na rua.
Desde o início deste ano, a Associação de autarcas registou 233 situações de agressão. Para o vice-presidente da Associação, André Flajolet, “o Estado, e em particular o Ramo Judicial, consideram que estes são problemas secundários e que não têm qualquer interesse, que desorganizam o Sistema Judicial, embora sejam fundamentais na garantia do princípio da Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Para além das funções de Administração Municipal, os presidentes de Câmara franceses têm responsabilidade para agir em casos como ruídos altos ou comportamentos perigosos. Mas para muitos, os poderes não correspondem às responsabilidades e as sanções não correspondem aos crimes.
Em Dezembro de 2019, uma Lei tentou resolver o problema, dando aos presidentes de Câmara mais poderes de Policiamento Administrativo.
Mas esta Lei falha, de certa forma, o seu alvo, uma vez que lida com o problema depois do facto, prestando apoio psicológico ou financeiro aos presidentes de Câmara depois da agressão.