É um jovem de 25 anos que encontrou o seu propósito na literatura. Anilton faz parte da nova geração de escritores cabo-verdianos com o seu estilo próprio que baptizou de “cronisias”. Pois, desde os seus 14 anos que Reys Moreira (nome literário de Anilton Reis) começou a rabiscar as suas primeiras linhas que até ainda hoje se confundem entre crónica e poesia.
Inspirado por escritores como João Vario, Ana Maria Fernandes, Orlanda Amarílis, Vera Duarte e Corsino Fortes, entre outros, Reys Moreira diz que ele escreve o mundo à sua volta através da sua perspectiva.
O seu estilo “cronisias” surgiu naturalmente. “Cada rabisco, nem eu sabia dizer se era um poema ou uma poesia”. Por outro lado Reys diz que não queria ser “mais um poeta cabo-verdiano em uma geração diferente” e sim o início de uma nova geração, para aqueles que virão depois dele. Diz o jovem que acredita ter já uma lista de seguidores.
A escrita de Reys Moreira atravessou as fronteiras de Cabo Verde com paragens nas terras lusófonas (Portugal e Brasil) e isto o inspirou a lançar a sua própria obra. “Neste momento estou a preparar o meu livro que deve-se chamar ‘O Último Cabo-verdiano’, será um encontro entre crinisias e pintura, a contar com participação de artistas plásticos nacionais e internacionais”, revela o jovem que fora do mundo da literatura trabalha como técnico de T.I, diplomado com curso profissional de IMEIT e frequenta o último ano do curso de Educação Básica, Especialização em Ensino da Língua Portuguesa e Estudos Cabo-Verdianos, na Universidade de Cabo Verde.