Os moradores das zonas altas do centro da cidade do Porto Novo denunciam a falta de água na rede.
A reclamação é antiga. É que a rede de distribuição de água possui insuficiências que comprometem o abastecimento de muitas zonas. A autarquia já possui um plano para resolver o problema.
As zonas de Alto de São Tomé, Alto Peixinho, Galinheira e Chã de Viúva são as mais afetadas no que diz respeito à distribuição de água no Porto Novo. Os moradores destas zonas falam em semanas sem água nas torneiras.
Orlando Livramento, residente na zona de Alto de São Tomé, diz não se lembrar da última vez que teve água na rede em casa.
“Temos água nas nossas torneiras uma vez por mês, já nem me lembro da última vez que chegou na minha casa. Até mesmo na própria zona há diferenças no abastecimento de água. Há casas onde há água e outras não”, diz Orlando.
Maria Delgado, residente em Galinheira, também diz-se insatisfeita com as falhas no abastecimento de água na sua zona. Segundo conta, apesar da Câmara disponibilizar auto-tanque como alternativa, nem sempre consegue comprar a água disponibilizada.
A rede de distribuição de água no Porto Novo é obsoleta com mais de 20 anos e possui insuficiências que comprometem a distribuição total da cidade.
Em 2019, o Governo lançou um projecto de água e saneamento de Santo Antão e que no domínio da água contempla Porto Novo com 25 quilómetros de tubagem, um reservatório de 300 metros cúbicos e 3500 ligações domiciliárias.
Os munícipes reclamam da demora em implementar o projecto, contudo a edilidade diz que devido aos constrangimentos da pandemia a implementação do mesmo não tem avançado.
Ricénio Lima
Estagiário
