O Partido Popular (PP) pede celeridade ao Governo na resolução dos problemas das evacuações das grávidas, da praga de gafanhotos e da gestão de terrenos no município da Praia.
Após a reunião quinzenal do PP, realizada neste domingo, o secretário-geral e porta-voz do partido, Juvenal Furtado, analisou a situação sanitária do país, com especial atenção ao atendimento a mulheres grávidas.
Para aquele responsável, o Governo deve pensar em formas de melhorar a prestação de cuidados de saúde das gestantes, principalmente nas ilhas onde os hospitais ou centros de saúde não oferecem as melhores condições para as grávidas. Isso porque o atendimento deficiente às mães pode resultar em óbito da gestante como do bebé. Esta, aliás, é uma “situação sistemática e recorrente” em Cabo Verde.
“Esta situação de perdas de bebés e mau atendimento a grávidas, como o caso da senhora da ilha Brava é recorrente. Assim como já aconteceu no Sal e mais de uma vez na Boa Vista”, alertou Juvenal Furtado em entrevista à RCV.
Para a resolução desse problema, o PP apela ao Governo que crie hospitais com todas as condições de atendimento nas ilhas sem ligações aéreas ou que adquira um helicóptero para auxiliar o socorro das pessoas em momentos de maior dificuldade.
Outra das preocupações apresentadas este domingo pelo PP tem a ver com o mau ano agrícola, agravado com a praga de gafanhoto que tem assolado as plantações, sobretudo em Santiago sul. Segundo Furtado, os agricultores têm questionado a qualidade dos pesticidas distribuídos que não têm resolvido o problema da praga de gafanhotos.
Além disso, sendo Cabo Verde um país que chove pouco, o partido sugere ao Governo uma aposta na dessalinização da água para rega e na produção de energia solar, o que mitigaria o problema da falta de água para a agricultura.
A gestão dos terrenos no município da Praia foi, igualmente, tema da reunião quinzenal. Segundo Juvenal Furtado, e com base nos documentos denominados de “Praialeaks” os munícipes da cidade da praia não têm tido o acesso a um terreno devido a alegadas “negociatas e à corrupção de terrenos na Câmara Municipal”.
Carlos Alves
Estagiário