Dercílio Franchini e o sócio “Zé Preto” vivem do garimpo. Ou seja: da mineração ilegal de ouro na Amazónia.
Estas pequenas minas são proibidas por Lei, mas eles esquivam-se. De acordo com o portal pt.euronerws.com, alegam que têm de sobreviver e a pegada ecológica que deixam é mínima, comparada com a das multinacionais, que segundo eles ficam com todo o ouro, não lhes dão hipóteses de trabalhar e não os deixam com outra possibilidade senão fazer este trabalho à margem da Lei.
“Sou pai de família, tenho filhos que estudam e não posso deixar a minha mulher ou a minha filha a passar necessidades. Precavêmo-nos, escondêmo-nos, fugimos enquanto tivermos pernas, mas desistir nunca. Continuamos a trabalhar, porque preciso de sobreviver e dar sustento à minha família”, justifica Dercílio.
O problema é que, como esta, há centenas de minas ilegais espalhadas por toda a Amazónia. A exploração deve aumentar com a aprovação da Lei que permite alargar os terrenos das minas, incluindo às terras indígenas, aumentando, assim, a desflorestação.
À exploração mineira juntam-se os incêndios, que voltaram, com a época das queimadas.
Só em Julho, a maior Floresta Tropical do Mundo foi afectada por seis mil e 800 incêndios.
Nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia, a área ardida é já maior que a do ano passado, em que a vaga de incêndios fez manchetes por todo o Mundo.