A Bélgica comprou um milhão de testes para avaliar a presença de anti-corpos contra a COVID-19, cujos resultados, afinal, não são de confiança.
A conclusão é de um Estudo dinamarquês, que comparou 16 testes serológicos.
Segundo o jornal “La Libre Belgique” – citado pelo sítio na Internet, dn.pt -, Hugues Malonne, director-geral da Agência Federal de Medicamentos e Produtos de Saúde belga, garantiu que o “kit” de teste “DiaSorin” tinha “uma sensibilidade e especificidade de 100%”, garantia o fabricante.
Os testes serológicos são usados, principalmente, em profissionais medicos, para apurar se desenvolveram anti-corpos contra a Doença e se podem trabalhar nos serviços de COVID-19.
O Estudo, que foi realizado por 38 cientistas de vários hospitais universitários e centros de Investigação na Dinamarca, contesta, contudo, a confiabilidade dos testes.
Com uma especificidade (grau em que um teste identifica correctamente amostras de sangue sem anti-corpos) de 97,2 por cento (%), o teste “DiaSorin” é o único “kit” que não atinge a meta mínima de 99%.
A sensibilidade (grau de detecção de amostras de sangue contendo anti-corpos) de 84,6%, também é indicada.
Philippe De Backer, ministro encarregado de coordenar os meios materiais no combate à Pandemia, sublinha que “dois estudos de validação conduzidos, correctamente, confirmam o desempenho do teste ‘DiaSorin’”.
Esclarece, também, que, em Abril, a intenção era “garantir testes de qualidade suficiente para o mercado belga, a fim de evitar faltas futuras” e “não seleccionar o melhor teste”.