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Política

PAICV exige esclarecimentos sobre a situação da TACV

O maior partido da oposição quer que sejam colocadas sobre a mesa todas as informações sobre o negócio da privatização da TACV e declara que é “dramática” a situação dos trabalhadores da companhia.

Rui Semedo, dirigente nacional do PAICV, acredita que as declarações feitas pelo ministro dos transportes, há poucos dias à Televisão de Cabo Verde, apenas deixou toda a situação mais confusa.

Segundo declarações de Rui Semedo à RCV, os argumentos para levar os três aviões da companhia para Miami não
convenceram o seu partido.

“O argumento da manutenção não convence, porque, segundo a opinião dos técnicos da área, este check estruturante deveria demorar de 15 a 20 dias e já vamos em cerca de cinco meses. Alguns técnicos dizem até que um dos aviões já perdeu o certificado de navegabilidade”, explica o dirigente nacional do PAICV.

Rui Semedo assegura ainda que os argumentos de ordem climática e meteorológica não se encaixam, pois, segundo fontes seguras, os aviões não se encontram em hangar e os custos de estacionamento também não são válidos como argumento, visto que “não parece sustentável”.

O dirigente pede também explicações sobre a origem das dívidas, cujo o pagamento está a ser reivindicado pelo parceiro estratégico, e ainda sobre a situação atual e o futuro dos trabalhadores da transportadora aérea.

“Saber se para além dos avais geramos novas dívidas ao parceiro estratégico, quando se sabe que nem os 48 mil contos foram pagos, que CV Airlines deve à ASA e aos trabalhadores. O Governo deve também explicar claramente como está a negociar o futuro dos trabalhadores, que são submetidos a vários sacrifícios, inclusive ao atraso do
pagamento dos seus salários, vulnerabilizando a sua condição e precarizando a sua situação socioeconómica”, exige o dirigente.

Rui Semedo pede ao executivo de Ulisses Correia e Silva que encontre uma solução para salvaguardar o interesse dos trabalhadores e do país.

Recorde-se que conforme avançou o semanário A NAÇÃO na edição 675, na reportagem intitulada “Suspensão de contratos de trabalho em massa na TACV”, os trabalhadores apreensivos com a situação da empresa. A TACV/CVA suspendeu os contratos de trabalho com quase 100% dos funcionários.

A maioria dos pilotos já entregou as casas no Sal e estão a regressar à Praia. Com dois meses de salários em atraso, e com licença de voo cancelada, esses profissionais mostram-se aflitos e preocupados com a incerteza do rumo “sombrio” da companhia.

Suíla Soares

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