A Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (Emprofac) importou cerca de um milhão de máscaras quando teve início a crise sanitária da covid-19 em Cabo Verde. Dessas, há mais de 500 mil unidades que ainda estão por colocar no mercado.
Segundo o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Emprofac, Gil Évora, este cenário deve-se ao facto de quando a empresa importou as máscaras e álcool gel, o preço desses produtos estava inflacionado devido à elevada procura e pouca oferta que se verificou no início da pandemia, com cada máscara a custar “quase um euro”, declarou Évora à RCV.
Agora, devido ao excesso de oferta de máscaras no país, a empresa tem vindo a perder competitividade no mercado e também devido à concorrência das outras empresas que actualmente importam esses produtos a preços muito mais reduzidos, logo revendem a preços mais baixos.
Para driblar a situação a Emprofac diz estar “disponível” para fazer uma nova baixa de preços, caso venha a ser necessário. “O mercado ditou que fizéssemos uma primeira baixa de preços e estamos disponíveis para fazer uma segunda baixa”, garante.
Mesmo assim, a empresa espera, aos poucos, dar o escoamento a todas as máscaras e ao álcool gel que tem em stock, tendo em conta a qualidade.
Gil Évora alerta que há no mercado muitas máscaras que não têm o mínimo de qualidade, por isso espera que as farmácias, as clínicas, os hospitais e outros clientes continuem com a confiança na qualidade das máscaras e do álcool gel da empresa.
O mesmo explicou que, provavelmente, até o final do ano ainda não se terá a comercialização de uma vacina contra o covid, portanto pensa que a empresa tem uma margem de cinco a seis meses para a comercialização de todas as máscaras e do seu álcool em gel, em excesso de stock.
Carlos Alves
Estagiário
