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Sociedade

Praia: Docentes da Universidade Lusófona com salários em atraso suspendem aulas em protesto

A classe docente da Universidade Lusófona de Cabo Verde, na Cidade da Praia, suspendeu as aulas há vários dias bem como a avaliação dos alunos, como forma de protesto contra anos de atraso no pagamento dos seus salários.

Segundo uma denúncia enviada ao A NAÇÃO as aulas estão suspensas “há vários dias e os dirigentes mantêm-se insensíveis e despreocupados com a situação”, que afecta os alunos, os professores e a imagem do ensino superior em Cabo Verde.

“A situação a que chegou a Universidade Lusófona da Praia vem, na verdade, como resultado de longos anos de acumulação de problemas ligados a gestão deficitária, a falta transparência, a desrespeito, a inverdades, e a promessas não cumpridas”, acusam estes professores.

Como consequência, dizem, existem na instituição professores com vários anos de salários em atraso, um sentimento de “revolta, de descontentamento e desmotivação quase geral” no seio dos docentes daquela casa.

Os alunos não recebem aulas, não frequentam avaliações e os que foram avaliados não lhes são atribuídas as respectivas notas, como forma de pressão para que a dívida que a instituição tem com os seus docentes seja resolvida de forma cabal.

“Foram muitas as tentativas para resolver o problema em questão. Infelizmente todas elas falharam. Os alunos estão preocupados com a situação e andam permanentemente atrás dos dirigentes da universidade a procura de explicações relativos a suspensão das aulas”, garantem.

Diante desta situação, o corpo docente decidiu se manifestar, pois, apontam “consequências nefastas” que estas podem trazer para a instituição.

“Denunciar toda essa situação a comunicação social acaba por ser uma nova forma de pressão por parte dos professores, que querem ver o seu salário em dia e chamar a atenção das autoridades competentes a intervir-se para o bem da classe docente, dos alunos e da imagem do Ensino Superior em Cabo-Verde”, concluem.

NA

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