O ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Luís Filipe Tavares, garantiu, ontem, na Cidade da Praia, que o Governo está a trabalhar para realizar, “o mais rapidamente possível”, o voo de repatriamento dos estudantes cabo-verdianos no Brasil.
Este vai ser, portanto, o terceiro voo para este fim realizado entre Brasil e Cabo Verde, depois da declaração do estado de emergência, a 19 de Março, e o consequente encerramento das fronteiras.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana avançou que o seu ministério está a trabalhar com as associações de estudantes e com a Embaixada em Brasília, para a programação do voo, já que as aulas foram suspensas e há um grupo de quase 200 alunos que quer regressar a Cabo Verde.
“Vamos continuar a trabalhar e ainda esta semana vou ter uma nova conferência com os estudantes, porque ficaram de fazer uma pesquisa junto dos colegas para definir a melhor data”, explicou, acrescentando que o Governo está igualmente a analisar a questão do aluguer do avião.
Questionado se este voo pode acontecer antes do final do mês, o governante esclareceu que vai depender da organização dos estudantes, uma vez que terão de viajar dos respectivos Estados para Fortaleza, de onde vai sair o voo.
“Em função dessa preparação, vamos definir uma data para a realização da viagem e vamos tudo fazer para lhes trazer de volta, o mais rapidamente possível”, assegurou.
Em relação aos estudantes na China, o ministro esclareceu que não se trata de voo de repatriamento, porque os alunos já terminaram o curso.
Assim sendo, explica, o processo terá de ser resolvido junto do Ministério da Educação, em colaboração com a Embaixada de Cabo Verde em Pequim e o delegado no Fórum Macau.
Até esta data Cabo Verde já organizou 15 voos de repatriamento, beneficiando 1.100 cabo-verdianos retidos no estrangeiro, designadamente, Portugal, Estados Unidos de América, Brasil e Senegal.
C/Inforpress