O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca esteve esta segunda-feira,3, em São Miguel, para se inteirar da situação sanitária do município.
A visita serviu também para Fonseca se inteirar ainda dos efeitos da pandemia no sentido económico e social, a nível local e dos planos para combater estes efeitos.
De acordo com os últimos dados da covid-19, o município de São Miguel conta, até ao momento, com 22 casos ativos e 17 recuperados, perfazendo um total de 39 casos acumulados.
Jorge Carlos Fonseca afirmou constatar que a situação da delegacia de saúde é relativamente boa, no entanto, os Serviços da Proteção Civil “ainda têm meios muito modestos”.
O “djunta mon” local foi enaltecido.
“Há um trabalho articulado entre a Câmara Municipal, unidades sanitárias e a proteção civil. É um trabalho que dever prosseguir e ser reforçado, temos de perseverar, ter cada vez mais determinação no trabalho da prevenção, que inclui uma boa comunicação, uma boa pedagogia junto das pessoas para que pratiquem todas as recomendações sanitárias necessárias”, defendeu Jorge Carlos Fonseca.
O Presidente da República afirma que do ponto de vista social e económico são visíveis os sinais de progresso, no concelho. “Existem recursos sobretudo do ponto de vista sanitário para que se possa vencer esta luta, mas também de forma que os segmentos mais vulneráveis da população possam ter meios de enfrentar os impactos de alguns
anos de seca, e também os efeitos que a pandemia tem no tecido económico e social. Para tal deve se continuar com esta articulação entre o poder local e o poder central”, sublinha Fonseca.
O mesmo considerou que o Centro da Saúde “é um espaço bem organizado, com uma equipa jovem, motivada que trabalha com muita determinação, com meios razoáveis, em termos humanos para satisfazer as necessidades de um Centro de Saúde”.
Reforço
No que diz respeito à proteção Civil, Fonseca defendeu que é preciso reforçar a instituição.
“Tem meios ainda muito modestos, eventualmente mostrar-se-á necessário fazer um aprimoramento, um reforço dos meios, mesmo sabendo que nesta área é um trabalho que tem que ser articulado com as estruturas da Proteção Civil das outras parcelas da região sanitária, mas assim como o setor da saúde este também é fundamental, especialmente neste período pandémico, portanto sempre que for preciso reforçar e aprimorar estes serviços, isto deve ser feito”.
Quanto aos jovens que andam em certa medida a desrespeitar as medidas sanitárias impostas Fonseca diz que “percebe se que os jovens queiram sair e espairecer, isso é normal nesta faixa, mas devem estar conscientes que esta é uma situação excecional, e obriga a um comportamento de exceção. É preciso ter cautelas, por um lado já vimos
que o vírus não escolhe idades, os jovens podem igualmente ser atingidos, é normal que resistam mais do que uma pessoa da terceira idade, mas eles também têm familiares mais idosos que não dispõem da mesma resistência”.
A Região Sanitária de Santiago Norte já regista até ao momento cerca de 425 casos acumulados e já se realizou 3000 testes PCR.
Anícia Veiga
*Estagiária