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Covid-19

Em Cabo Verde. COVID-19 em fase de “estabilização”

 

Por: Alex Semedo

1–  Estabilização

O director Nacional da Saúde (DNS) não tem dúvidas: COVID-19, em Cabo Verde, está “na fase de estabilização”.

Tanto a nível Nacional, como nos concelhos mais martirizados: Praia e Santa Cruz (na Ilha de Santiago); e no Sal. 

A Taxa de Incidência  – de acordo com Artur Correia – é  de 76,8 casos do novo Coronavírus, por cada cem mil habitantes. 

Este número supera mais que três vezes o da UE, que se situa, aproximadamente, em 20, por cada cem mil almas.

“Estou a falar da Taxa de Incidência por cem mil habitantes, durante 14 dias, que deve ser aproximado da média da União Europeia, que é cerca de 20 casos por cada cem mil habitantes”, explica Correia, no encontro de segunda-feira, 27, com os jornalistas,  reiterando que o País aplica o mesmo método da União Europeia,

Estados Unidos da América ou Rússia.

Mesmo assim, o Governo já veio a terreiro (re)anunciar a retoma dos vôos fora de portas, para a segunda quinzena de Agosto.

(Re)anunciar não custa.

O certo mesmo, é que o País continua, ainda, na “Lista Vermelha” da UE.

E Agosto – tomara que desrime com “desgosto”! – já bate à porta.

A ver vamos.

Para a alegria e contentamento de todos nós!

 

2Olhar…

De 19 de Março passado, data da notificação do primeiro caso de COVID-19, na Ilha da Boa Vista, até esta quarta-feira, Cabo Verde registava 654 casos activos, mil 694 recuperados, 23 óbitos – com o último, um homem de 64 anos, com outras doenças associadas, a acontecer neste dia 29 -, dois transferidos para os seus países de origem, perfazendo um total  de dois mil 373 positivos acumulados. 

Nesta quarta-feira registaram-se 19 novos positivos.

As ilhas do Fogo e da Brava continuam fora do foco do novo Coronavírus.

É continuar na antecipação.

  

3– Luxemburgo presente…

Da inteção ao acto.

Como bem dizia o outro, o Grão-Ducado é prático.

Principalmente, em maré de apertos.

Fazendo jus à tradição – e para não desmerecer! -, vai auxiliar as 22 câmaras municipais de Cabo Verde. Com cem mil contos, através de um Fundo específico, destinado a amortecer a actual Crise Sócio-Económica, gerada pela Pandemia Global da COVID-19.

O presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde, Manuel de Pina – que está na recta final do seu mandato -, já tem pronto o modelo para a divisão do bolo que chega do Luxemburgo.

“Vamos basear no critério do Fundo do Ambiente, para distribuir o financiamento, porque trata-se de um Projecto cujo objectivo, mais concreto, é a área sanitária”, disse à Inforpress, realçando que a cada Município deve caber a quantia de três a dez mil contos.

Os projectos levam em conta, entre outros, o número de população, de intervenção rápida intervenção rápida, objectiva e concreta, e de empoderamento das famílias e mulheres.

E “para que niguém fique de fora” mesmo, a bola está no campo dos dirigentes concelhios.

Na parte que nos toca, o recado já está dado.

É pôr as mãos a sacudir, recorrer-se à criatividade e…boa aplicação.

Em prol dos munícipes.

Das ilhas de Santo Antão à Brava.

 

4– Partilha de responsabilidade

As autoridades sanitárias estão a “partilhar responsabilidade” com os infectados por COVID-19.

Traduzido por miúdos: aceitando o “internamento domiciliar” –  quando haja condições para tanto! -, em vez do “internamento institucional”.

Nos estabelecimentos de Saúde. Sejam eles os “tradicionais” e/ou os ditos de “Campanha” ou de Missão.

Até sexta-feira, 24, estavam em “domiciliar”, 281 doentes. A nível de Cabo Verde.

Tudo porque – de acordo com o diagnóstico do director Nacional da Saúde, Artur Correia -, o País registou, nestas últimas quatro semanas, uma “tendência estacionária”, estando numa “fase de estagnação”.

E avança: “É um voto de confiança que estamos a dar à população de Cabo Verde, que está infectada com a COVID-19, no sentido de se protegeram em casa, de protegerem os familiares em casa, de se confinarem em casa, durante esse período de isolamento”, remarcando que,  isso, também, “é um ponto positivo no aumento da nossa resiliência na luta contra” o novo Coronavírus.

Correia relembra que os pacientes que  que requerem o “isolamento domiciliar” assinam um Termo de Compromisso, assumindo respeitar as normas impostas.

“Há contactos regulares com as autoridades de Saúde. Caso essas regras não sejas cumpridas, será quebrado o Acordo e a pessoa passa a isolamento institucional”, vinca Artur Correia.

O lembrete fica feito.

É só pesar e sopesar.

Medir o deve e o haver.

Aliás, ganhos e perdas. 

 

5– Males do “desconfinamento”  

Normal?

Parece-nos que não.

Mas…que fazer?

Para o “Big-Boss” da Praia – o actual epicentro do novo Coronavírus, seguido da Ilha do Sal -, o aumento da propagação de COVID-19 no Município que dirige é o “resultado normal do desconfinamento”.

Mas…porque não fez o trabalho de casa, antes do seconfinamento?

Bom, adiante…

Óscar Santos está animado – lá do alto da sua Cátedra! -, já que Cabo Verde não destoa da Tendência Global.

E compara: todos “os países do Mundo, quando se está em Estado de Emergência, com todas as pessoas confinadas em casa, os casos diminuem, mas não há actividades económicas e a situação piora”.

Mas…não podíamos quebrar esta triste regra?

Sermos a excepção em coisas boas…

Prescrutando os dias que correm, o Edil Capitalino  – sempre a comparar! – realça que, semelhantemente aos outros rincões do Arquipélago, registam-se incumprimentos, também, no Concelho que dirige.

A falta de distanciamento físico – em algumas instituições públicas e nos mercados – é um dos males.

“A guerra contra COVID-19 só pode ser ganha, se todos os cidadãos derem a sua contribuição até à descoberta da vacina”, avisa santos.

Torcemos e imploramos – também! – para que o alerta não caia em saco roto.

Para o bem de todos!

 

6– Vacina

Ufaaaa!

Uma das vacinas contra a COVID-19 já está na fase de ensaios clínicos.

É uma nova.

Só que não é boa…de todo.

É que o preço queima (alguns) bolsos.

De acordo com o jornal “Financial Times”, a Empresa de Bio-Tecnologia Moderna deverá vender a vacina pelo preço que varia entre os 42 e os 51 euros (50 a 60 dólares).

Para duas doses do fármaco.

A Empresa tem como estratégia distribuir a vacina, primeiro, nos Estados Unidos da América, e, depois, nos países com maior poder económico.

Saúde não tem preço….mas…

Pelo menos, já há um raio de esperança.

E ela só morre…no último fôlego.

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