A Escola Nova de Cutelo Miranda, na Cidade de Calheta, recentemente reabilitada vai ser transformada num Laboratório Experimental de Arte e Design.
Com isto, segundo o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, vai se descentralizar o trabalho feito pelo Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAAD), situado na Cidade do Mindelo, em São Vicente.
Neste momento inaugurou-se a primeira fase do empreendimento que é a reabilitação do espaço.
Na segunda etapa, a CNAAD vai entrar com a sua expertise, e o espaço segue a mesma linguagem de comunicação, logotipo e todos os projetos executados em Mindelo, nomeadamente o projeto da certificação do artesanato e várias equipas de formação tanto nacional como internacional.
O ministro afirma que o laboratório de costura já aberto na Escola Nova vai ter “intercâmbio com outras costureiras nacionais, assim também como se vai estabelecer uma ligação entre o design e o artesanato”.
“Vai ser um centro de formação não só para são Miguel, mas também para todo o interior de Santiago, através de uma parceria entre a Câmara Municipal, o Governo de Cabo Verde e o IEFP”, garantiu.
Com isto pretende-se colocar produtos de qualidade no mercado, e garantir que os formandos tenham uma linha de negócio.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes na Escola Nova funciona um atelier de costura que benéfica 15 mulheres do município, “um componente de acesso ao rendimento e geração do autoemprego com rendimento direto na renda das famílias” justifica o Presidente.
Herménio Fernandes afirma que a reabilitação desta infraestrutura de ensino, revela uma preocupação da autarquia em reabilitação e salvaguarda não só da história como também da memória do município.
De acordo com Fernandes “a Escola Nova vai criar a possibilidade de certificação de produtos artesanais, assim como de tudo que é feito em termos de arte em Santiago Norte. A certificação vai melhorar o acesso aos mercados turísticos internacional, e é o papel das autarquias criar condições que garantam este acesso aos artesãos”.
A reabilitação do espaço custou aproximadamente dois mil contos e também fez-se a construção de uma rampa para pessoas com mobilidade reduzida.
Anícia Veiga
Estagiária