Vladmiro Garcia é um jovem natural de Santa Cruz, no interior de Santiago, que vive intensamente a arte. Tem habilidades de um artista plástico, inspirado pelo pai “pintor caseiro” mas não dispensa uma boa “tocatina” entre amigos, pois também canta e toca violão, além de outros ofícios.
Conhecido por “Homi di Terra” pela sua facilidade em “fazer amigos”, Vlademiro apresenta-se como artista plástico, pois, segundo contou ao A NAÇÃO, a pintura está no seu DNA, herdado do pai Mateus Garcia “pintor caseiro mas exemplo a seguir”.
Apesar das habilidades da infância, as artes plásticas entraram na vida deste jovem de forma séria, quando em 2014 começou a conhecer novos horizontes e deixou-se levar pelas aventuras de outras “maltas” que “pintavam, as ruas”.
“Às vezes saía de casa para outros afazeres e quando dou por mim estou com os maltas na rua a pintar. Com o tempo fui me abrindo e hoje posso dizer que fui me abrindo e hoje posso dizer que descobri o meu estilo de pintura abstrata”, revela o nosso entrevistado acrescentando que gosta de pintar as paisagens, pôr do sol e tudo que tem a ver com a natureza para decorar e embelezar.
De entre as suas experiências Vladmiro diz que já teve a oportunidade de trabalhar junto com outros artistas entre eles, Helder Cardoso de Santa Cruz e falecido artista e activista cultural Dudu Rodrigues, dois “grandes amigos e motivadores”.
Classificando o que tem feito na área, considera uma caminhada em crescimento e diz ter planos para uma exposição individual que, se não fosse a pandemia Covid-19, já era para ter acontecido.
“ Não sou maestro mas estou num bom caminho e pretendo realizar a minha primeira exposição em Novembro. Já que tinha tudo planeado com o meu manager Jair Mendes mas a pandemia não deixou”, explica o artista que aproveitou a deixa dos “artistas na pandemia” para mandar uma mensagem de ânimo aos colegas em dificuldades : “Digo never give up! Estamos a passar por estas dificuldades hoje mas creio que amanhã venceremos e novas portas se abrirão, fé em Deus”.
Para além das artes lásticas, Homi di Terra apresenta também uma faceta musical e revelou ser cantor, compositor , “violonista” e admirador de “gospel”.
“A música está em mim como um hobby mas das vezes em que me dedico, consigo fazer a minha letra e cantar, além da interpretação”, diz.
E porque este jovem tem ainda outros ofícios, falou da sua paixão pela máquina fotográfica, dos prazeres que sente em estar na cozinha para uma boa fornada de pães, pizza e bolos, além do amor pelo “trabalho oficial” de agente de viagens e guia turístico.
Hoje a residir em Boa Vista, Vladmiro Garcia ou Homi di Terra, como preferir, diz que consegue dar conta do recado em tudo o que escolheu fazer pelo lema da vida que segue à risca: “viver, querer e aprender”.
RM